Macron e Zelensky insistem na necessidade de garantir segurança em Zaporijia
Os presidentes ucraniano e francês, Volodymyr Zelensky e Emmanuel Macron, insistiram hoje na necessidade de garantir a segurança na central nuclear de Zaporijia, alertando para a "situação muito preocupante" vivida naquela infraestrutura.
© Getty Images
Mundo Ucrânia
De acordo com o Eliseu, citado por agências noticiosas, nesta conversa telefónica os dois presidentes reiteraram o apoio ao trabalho da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA)", que na véspera tinha alertado para a "situação insustentável" em Zaporijia devido a um apagão em Enerhodar, a cidade onde está localizada a central nuclear.
Alertando para a "situação muito preocupante" naquela central nuclear, Zelensky e Macron sublinharam a exigência de garantir a retirada das tropas russas daquela zona para garantir a segurança em Zaporijia.
O presidente francês, segundo o Eliseu, questionou ainda o seu homólogo ucraniano sobre quais são as necessidades do país invadido pela Rússia para as quais França possa contribuir, bem como sobre os avanços dos últimos dias das suas tropas da Ucrânia em regiões controladas pelos russos.
Entretanto, numa publicação na rede social Twitter, Zelensky também deu nota desta conversa telefónica com Macron.
"Informei-o sobre o curso das hostilidades. Levantei a questão da proibição de vistos para russos", referiu.
Segundo o presidente ucraniano foi dado muito tempo à crise na central nuclear de Zaporijia.
"A nossa posição é que a única maneira de proteger a Europa de um desastre nuclear é desmilitarizar a central", afirmou.
Num vídeo publicado na página oficial da AIEA na sexta-feira, o diretor-geral da agência, Mariano Grossi, deu conta da "grave situação" que aconteceu na noite de quinta-feira em Zaporijia na sequência de um apagão em Enerhodar, onde fica localizada a central nuclear ucraniana, devido a um bombardeamento que destruiu a infraestrutura de energia que alimenta a cidade.
"Esta é uma situação insustentável e cada vez mais precária. Enerhodar escureceu. A central nuclear não tem energia externa. E vimos que quando a infraestrutura foi reparada, acabou por ser danificada novamente", lamentou.
Para o responsável, isto "é completamente inaceitável" e por isso apelou urgentemente ao cessar de todos os bombardeamentos naquela área.
"Somente isso garantirá a segurança do pessoal operacional e permitirá a restauração duradoura da energia para a Enerhodar e para a central", explicou.
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