De acordo com o porta-voz do governador pró-russo de Zaporíjia, Vladimir Rogov, o Exército ucraniano está a transferir elementos de artilharia, incluindo obuses e múltiplos sistemas de lançamento, para a zona.
Rogov adiantou que a Ucrânia está em vias de preparar uma "grande ofensiva na zona da central nuclear (...)", segundo a agência de notícias russa TASS.
Além disso, o governador indicou que, segundo o seu departamento de Inteligência, o Reino Unido e os Estados Unidos estarão a colaborar com a Ucrânia para coordenar essa contraofensiva.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de sete milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que entrou hoje no seu 201.º dia, 5.827 civis mortos e 8.421 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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