As uniões entre pessoas do mesmo sexo são garantidas pelo Supremo Tribunal norte-americano desde 2015.
No entanto, após a histórica reviravolta da mais alta instância judicial nos Estados Unidos sobre o aborto, muitos progressistas temem que esse direito esteja agora ameaçado, noticia a agência France-Presse (AFP).
O Supremo Tribunal dos EUA anulou em junho a proteção do direito ao aborto em vigor no país desde 1973, permitindo que cada Estado decida se mantém ou proíbe a interrupção voluntária da gravidez.
Em meados de julho, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou uma legislação para proteger os casamentos entre pessoas do mesmo sexo em todo o país.
Todos os democratas e 47 republicanos apoiaram o texto, mas quase 160 republicanos opuseram-se.
No Senado, é necessária a concordância de dez republicanos para a sua aprovação, devido às regras da maioria qualificada.
Durante várias semanas, a senadora republicana Susan Collins tem trabalhado com democratas eleitos para tentar convencer os seus colegas conservadores a ficar do lado dela.
O líder dos democratas do Senado, Chuck Schumer, classificou esta segunda-feira como "frutíferas" as negociações sobre este texto foram "frutíferas".
"O trabalho ainda não está concluído e eu encorajo-os a continuarem os seus esforços", salientou.
A votação da "Lei de Respeito ao Casamento", como foi batizada, pode ocorrer já na próxima semana.
Numa carta divulgada esta segunda-feira, mais de 400 republicanos - um governador, ex-parlamentares e vários candidatos ao Congresso - pediram aos senadores para apoiarem esta medida.
O líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, que poderá influenciar muitas vozes no seu campo partidário, ainda não indicou se votará ou não a favor do texto.
A grande maioria dos norte-americanos apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo (71%), inclusive nas fileiras republicanas, embora a direita religiosa continue a opor-se.
Qualquer que seja a sua posição sobre o projeto, os republicanos correm o risco de entrar em conflito com alguns dos seus eleitores antes das eleições intercalares de novembro.
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