Na segunda-feira, numa visita à Cidade do México, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, convidou o Governo mexicano a aproveitar a lei de 'chips' e ciência, recentemente assinada pelo Presidente, Joe Biden, que prevê grandes investimentos para responder aos concorrentes asiáticos na produção de microprocessadores.
O objetivo é "desenvolver uma cadeia de abastecimento muito mais resiliente" face ao domínio asiático, afirmou Blinken, sem avançar pormenores concretos sobre possíveis investimentos dos EUA no México na área dos microprocessadores.
"Os elementos chave da cadeia de fornecimento de semicondutores já estão bem estabelecidos no México", disse, citando o caso da empresa Intel.
Esta proposta norte-americana, também apresentada ao Presidente mexicano, Andres Manuel Lopez Obrador, "significa mais empregos para o México", afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros mexicano, Marcelo Ebrard, numa conferência conjunta, no final da reunião do "diálogo económico de alto nível" entre os dois países.
Blinken e Ebrad abordaram também o tráfico transfronteiriço de fentanil e o fluxo migratório para o território norte-americano, tendo o responsável norte-americano agradecido a colaboração com o México em vários assuntos de interesse mútuo, como a ameaça partilhada de produção e tráfico de fentanil, um opioide com forte efeito analgésico.
Por outro lado, reconheceu o trabalho das autoridades mexicanas para abordar a migração de maneira segura, ordenada e humana através da implementação da Declaração de Los Angeles sobre Migração e Proteção, assinada pelo México na última Cimeira das Américas, em junho.
O México é o segundo maior parceiro comercial dos EUA, com cerca de 725 mil milhões de dólares (cerca de 715 mil milhões de euro) em comércio em 2021, de acordo com números oficiais.
Os dois países vão celebrar o bicentenário das relações bilaterais no final deste ano.
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