Protestos no funeral de mulher iraniana que morreu sob custódia policial
Polícia disse que Amini sofreu um ataque cardíaco, mas a família da jovem nega historial de problemas cardíacos.
© Reprodução Twitter
Mundo Irão
A polícia disparou gás lacrimogéneo num comício que decorreu no Irão ocidental após o funeral de Mahsa Amini, de 22 anos, que morreu após ter sido presa pela chamada 'polícia da moralidade', depois de ter sido encontrada uma falha no seu lenço de cabeça ou hijab.
Amini morreu no Teerão, segundo as autoridades, vítima de ataque cardíaco, o que a polícia provou através da divulgação de imagens onde se pode ver o momento em que Amini desmaiou no interior da esquadra. Contudo, a família da jovem iraniana alega que não existem antecedentes de doença cardíaca.
"Após a cerimónia fúnebre, algumas pessoas deixaram o local enquanto outras permaneceram, entoando slogans exigindo investigações detalhadas sobre a história", relatou a Fars News Agency, uma agência de noticiosa no Irão gerida pelo Corpo de Guarda Revolucionário Islâmico, segundo a estação de televisão Al Jazeera.
"Os manifestantes reuniram-se em frente ao gabinete do governador e entoaram mais slogans, mas foram dispersos quando as forças de segurança dispararam gás lacrimogéneo", contou a agência.
O corpo de Amini foi transportado, no sábado, para a sua cidade natal Saghez, a 460 quilómetros de Teerão, na província do noroeste do Curdistão.
As autoridades lançaram investigações sobre a sua morte após ordem do presidente Ebrahim Raisi, informou o meio de comunicação estatal.
Segundo a lei sharia do Irão, imposta após a revolução de 1979, as mulheres são obrigadas a cobrir os cabelos e usar roupas largas para disfarçar as suas curvas.
A 'polícia da moralidade' do Irão tem sido criticada nos últimos anos pelo seu tratamento às mulheres.
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