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"Tem sido uma luta difícil". Americano é libertado após mais de dois anos
Antigo oficial de segurança nacional do governo dos EUA diz que "muitas pessoas consideraram o regresso de Mark em segurança como um impedimento nos planos do Afeganistão".
© Reprodução redes sociais
Mundo Talibã
O governo afegão entregou, esta segunda-feira, Mark Frerichs, um militar da Marinha dos Estados Unidos, detido há mais de dois anos no país, em troca da libertação de um membro do regime talibã, divulgou o ministro dos Negócios Estrangeiros afegão.
Frerichs, que passou mais de uma década no Afeganistão como empreiteiro civil, foi raptado em janeiro de 2020 e acredita-se que tenha sido detido desde então pela rede Haqqani, ligada aos talibã.
Eric Lebson, um antigo oficial de segurança nacional do governo dos Estados Unidos da América (EUA), que esteve a aconselhar a família de Frerichs, confessou que "tudo neste caso tem sido uma luta difícil", avança a Associated Press.
Segundo Lebson, "muitas pessoas consideraram o regresso de Mark em segurança como um impedimento nos planos do Afeganistão". Contudo, é de salientar que o ministro dos Negócios Estrangeiros nomeado pelos talibãs, Amir Khan Muttaqi, destacou que esta troca de prisioneiros marcou uma "nova era" nas relações entre os EUA e os talibã.
"Este pode ser um novo capítulo entre o Afeganistão e os Estados Unidos, isto pode abrir uma nova porta para conversações entre ambos os países", comentou Muttaqi acrescentando: "Este ato mostra-nos que todos os problemas podem ser resolvidos através de acordos e agradeço às equipas de ambos os lados que trabalharam tão arduamente para que isto acontecesse".
"Rezo por mais sucesso dos talibãs", confessou ao revelar que espera que "este intercâmbio possa conduzir à paz entre o Afeganistão e a América".
Esta troca é uma das mais significativas a ter lugar sob a administração de Joe Biden, cinco meses após um acordo separado com a Rússia que resultou na libertação do veterano da Marinha Trevor Reed.
O Afeganistão caiu nas mãos dos talibãs a 15 de agosto de 2021, durante a retirada das tropas norte-americanas do terreno, concluída a 30 de agosto de 2021, após 20 anos no país.
Leia Também: "As meninas pertencem à escola. Os talibã devem deixá-las voltar"
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