"Nós, cidadãos da Rússia". Petição contra mobilização reúne 179 mil nomes

Uma petição contra a mobilização, parcial ou total, na Rússia, reuniu mais de 179 mil assinaturas na plataforma Change.org, cujo número disparou após o Presidente russo, Vladimir Putin, ter mobilizado 300 mil reservistas para a Ucrânia.

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Lusa
21/09/2022 13:27 ‧ 21/09/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Nós, cidadãos da Rússia, homens e mulheres, pronunciamo-nos contra uma mobilização parcial ou geral. O presidente Vladimir Putin não tem, e não pode ter, fundamentos legais ou causas argumentadas e ponderadas para anunciá-la", afirma a petição.

O texto acrescenta que os russos não estão dispostos a submeter os seus irmãos, filhos, maridos, pais e avós a perigos físicos e morais na "situação atual de incerteza".

"Esta petição estará em vigor durante todo o período da operação militar especial no território da Ucrânia e até que termine", acrescenta a petição, que adicionou dezenas de milhares de assinaturas nas últimas horas.

Putin anunciou, esta quarta-feira, uma "mobilização parcial" dos cidadãos do país, quando a guerra na Ucrânia está quase a chegar ao sétimo mês do conflito, numa mensagem dirigida à nação.

A medida, que entra já em vigor, é justificada com a necessidade de defender a soberania e a integridade territorial do país.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, está pronta a utilizar "todos os meios" ao seu dispor para "se proteger", declarou Putin, que acusou o Ocidente de procurar destruir o país.

O anúncio de "mobilização parcial" dos russos em idade de combater abre caminho para uma escalada no conflito na Ucrânia.

"Considero necessário apoiar a proposta [do Ministério da Defesa] de mobilização parcial dos cidadãos na reserva, aqueles que já serviram (...) e com uma experiência pertinente", declarou.

"O decreto sobre a mobilização parcial foi assinado" e entra em vigor esta quarta-feira, acrescentou Putin, sublinhando "falar apenas de mobilização parcial", numa resposta a rumores surgidos nas últimas horas sobre uma mobilização geral.

Leia Também: Ucrânia. Charles Michel reitera que Moscovo é o único agressor

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