Após polémica, Berlusconi defende-se. Invasão russa é "injustificável"

O ex-primeiro-ministro italiano afirmou, ontem, que o presidente russo, Vladimir Putin, foi “empurrado” para a guerra na Ucrânia.

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Márcia Guímaro Rodrigues
23/09/2022 13:18 ‧ 23/09/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Guerra na Ucrânia

Silvio Berlusconi, antigo primeiro-ministro de Itália e líder do partido de centro-direita Força Itália (FI), defendeu-se, esta sexta-feira, da polémica em que está envolvido após considerar que o presidente russo, Vladimir Putin, foi “empurrado” para a guerra na Ucrânia. Na rede social Facebook, garantiu: “A agressão à Ucrânia é injustificável e inaceitável”.

“Putin foi pressionado pela população russa, pelo seu partido e pelos seus ministros para inventar esta operação especial”, disse o político italiano numa entrevista, na quinta-feira, acrescentando que os separatistas da região ucraniana do Donbass foram a Moscovo dizer aos media que os ataques na Ucrânia tinham feito 16 mil mortes e acusar Putin e não fazer nada para os defender.

Já hoje, Berlusconi defendeu que “bastava ver a entrevista toda” - e “não apenas uma frase extrapolada, sintética por razões de tempo” - para “entender” qual é a sua posição em relação à guerra, “que é conhecida há muito tempo”. “Talvez tenha sido mal compreendido”, afirmou.

“A agressão à Ucrânia é injustificável e inaceitável, a posição do Força Itália é clara: nunca poderemos de forma alguma e por qualquer razão quebrar a nossa participação na União Europeia e na Aliança Atlântica”, acrescentou.

Sublinhe-se que o conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de 5.900 civis morreram e oito mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: À frente nas sondagens, Berlusconi quer mais votos e recorre... ao TikTok

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