China facilita emissão de vistos e viagens em grupo para Macau
A China vai voltar a permitir excursões organizadas e a emissão de vistos eletrónicos para visitas a Macau, até novembro, anunciou hoje o chefe do Governo região administrativa especial chinesa.
© Lusa
Mundo Macau
Em conferência de imprensa, Ho Iat Seng adiantou que a emissão de vistos eletrónicos deverá ser retomada "muito em breve", tendo apontado para "finais de outubro ou início de novembro".
Quanto às excursões organizadas, o chefe do executivo previu que possam recomeçar em novembro, uma vez que será necessário "um mês para a preparação", nomeadamente para "restabelecer contactos com agências de viagens e companhias aéreas".
Desde o início da pandemia que o Governo central chinês suspendeu as viagens em grupo e a emissão de vistos para turistas individuais com destino a Macau, para prevenir surtos de covid-19.
A reabertura vai começar pela província vizinha de Guangdong (sudeste), tradicionalmente a maior fonte de turistas para Macau, e será depois alargada às províncias de Fujian (sudeste), Zhejiang (leste) e à cidade de Xangai (na costa central da China), disse Ho Iat Seng.
As medidas saíram de uma reunião, na sexta-feira, entre o governo de Macau e o vice-primeiro-ministro chinês, Han Zheng, durante a qual o representante de Pequim prometeu "o total apoio à recuperação económica" da cidade, afirmou.
As restrições impostas aos viajantes da China continental durante a pandemia causaram uma queda de mais de 80% no número de turistas que chegaram a Macau nos dois anos anteriores, em comparação com 2019.
Tendo em conta que o turismo é o setor dominante da economia da região administrativa especial chinesa, o responsável admitiu que "a situação é muito difícil" para a população.
O subsídio, anunciado na sexta-feira, de oito mil patacas (1.010 euros) para cada residente é "só uma medida temporária", disse o responsável, ao reconhecer que as autoridades não podem "sustentar a longo prazo as dificuldades da população".
Ho Iat Seng disse acreditar que a economia de Macau poderá regressar a terreno positivo assim que o território voltar a receber uma média de pelo menos 40 mil turistas por dia.
O líder do Governo indicou que, na sexta-feira, Macau registou a entrada de 21 mil turistas, o número mais elevado desde que a região foi atingida, em junho e julho, pelo pior surto de covid-19 desde o início da pandemia.
Ho admitiu que esse número "não é suficiente" para sustentar a economia da cidade, embora tenha sublinhado que Macau pode não ter capacidade para acolher 40 milhões de turistas por ano, como aconteceu em 2019.
O chefe do executivo salientou ainda que, na reunião de sexta-feira, o Governo central autorizou Macau "a aproveitar" um terreno situado junto no norte do território, para construir uma ligação entre as Portas do Cerco, principal fronteira com a China, e uma futura linha do Metro Ligeiro.
"Esperemos que as obras se iniciem muito em breve", acrescentou.
Pequim também aprovou uma expansão da pista do aeroporto internacional de Macau, o que vai permitir "mais voos da China continental", disse.
O líder do Governo de Macau disse esperar que, a longo prazo, estas duas medidas facilitem a vinda para o território de mais turistas chineses.
Desde o início da pandemia, as autoridades de saúde locais registaram seis mortos, 793 casos confirmados e 1.607 assintomáticos.
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