"Este é um momento de responsabilidade. (...) É um momento em que, se quer fazer parte da história, deve perceber que temos uma responsabilidade para as milhões de pessoas que nos escolheram. Não vamos traí-lo, como nunca o fizemos", disse Meloni.
A dirigente está prestes a ser tornar na primeira mulher à frente do Governo italiano depois de o seu partido ter obtido cerca de 26% dos votos.
"Se somos chamados a governar a nação, vamos fazê-lo para todos, para unir o povo, valorizando o que une e não o que divide. Não estamos na linha de chegada, mas no destino final. A partir de amanhã [terça-feira], devemos mostrar o que valemos", declarou.
Meloni disse que "lamentou" o facto de a participação dos eleitores italianos no ato eleitoral ter sido a mais baixa de todos os tempos numas legislativas.
"O desafio é fazer com que as pessoas voltem a acreditar nas instituições. Muitos italianos optam por não confiar. É preciso reconstruir a relação entre Estado e cidadão", salientou.
O FdI, que superou os seus parceiros da coligação, com a Liga, de Matteo Salvini, a ficar nos 8,9% e o Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, nos 8%, era o único grande partido que não fazia parte do recente Governo de unidade nacional liderado por Mario Draghi.
Segundo os resultados parciais, a coligação de direita e extrema-direita - liderada pelo FdI e que reúne ainda a Liga FI - obteve cerca de 43% dos votos nas legislativas.
O bloco de centro-esquerda, liderado pelo Partido Democrático, de Enrico Letta, deverá ter 26% dos votos.
O partido FdI, liderado por Giorgia Meloni, foi fundado em 2012 e tem raízes no Movimento Social Italiano (MSI), fundado pelos seguidores do ditador fascista Benito Mussolini.
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