Nord Stream? "Incidentes não são coincidência" mas sim "ato deliberado"
Borrell fez ainda questão de sublinhar que, até ao momento, "todas as informações disponíveis indicam que se trata do resultado de um ato deliberado". "Apoiaremos qualquer investigação", vincou.
© Philipp von Ditfurth/picture alliance via Getty Images
Mundo Josep Borrell
Josep Borrell, o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, reagiu, na manhã desta quarta-feira, às fugas nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, esta semana noticiados. "A União Europeia está profundamente preocupada com os danos nos oleodutos Nord Stream 1 e 2 que resultaram em fugas nas águas internacionais do Mar Báltico", sublinhou numa declaração publicada hoje.
"As preocupações com a segurança e o meio ambiente são de extrema prioridade. Estes incidentes não são uma coincidência e afetam todos nós", acrescentou o Alto Representante.
Borrell fez ainda questão de sublinhar que, até ao momento, "todas as informações disponíveis indicam que se trata do resultado de um ato deliberado". "Apoiaremos qualquer investigação destinada a obter total clareza sobre o que aconteceu e por quê, e tomaremos outras medidas para aumentar nossa resiliência na segurança energética", vincou na mesma nota.
A declaração de Borrell termina com o espanhol a assegurar que "qualquer interrupção deliberada da infraestrutura energética europeia é absolutamente inaceitável e será recebida com uma resposta robusta e unida".
Damage to Nord Stream 1 & 2 are not a coincidence and affect us all.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) September 28, 2022
All available information indicates leaks are the result of a deliberate act.
Deliberate disruption of European energy infrastructure is utterly unacceptable and will be met with a robust and united response. https://t.co/p32qR8TzOb
De recordar que as suspeitas de possível sabotagem pairam sobre as três fugas identificadas nos gasodutos russos Nord Stream 1 e Nord Stream 2, que "alarmaram" o Kremlin e fizeram com que a Dinamarca decretasse uma emergência nos setores da eletricidade e do gás no país. Ambos os gasodutos se encontravam fora de serviço antes das fugas, mas cheios de gás.
As autoridades dinamarquesas tinham inicialmente informado de uma fuga no Nord Stream 2, em águas dinamarquesas no mar Báltico, e, posteriormente, indicaram haver mais duas fugas no Nord Stream 1, uma em águas do país nórdico e outra nas da vizinha Suécia, perto da ilha de Bornholm.
Informações procedentes de círculos de segurança na Alemanha sustentam que há muitos indícios que apontam para que os gasodutos tenham sido deliberadamente danificados num ato de sabotagem, escreveu o diário Tagesspiegel.
O Serviço Sísmico Nacional Sueco indicou que foram detetadas duas explosões perto do local onde ocorreram as fugas nos gasodutos russos Nord Stream 1 e 2, em águas do Báltico. As explosões submarinas foram registadas pouco antes de se identificar estas fugas incomuns.
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