"A crise energética é uma questão europeia e deve ser tratada como tal", disse Georgia Meloni, prestes a tornar-se na primeira mulher primeira-ministra da Itália, depois do partido que lidera, o Irmãos de Itália (FdI, na sigla em italiano), ter encabeçado a coligação que venceu as eleições gerais do mês passado.
"O FdI e os Conservadores (europeus) entendem que o verdadeiro trabalho da UE deve ser gerir os grandes desafios continentais que são difíceis de enfrentar para cada um dos Estados-Membros", escreveu na rede social Facebook.
"As ações de cada Estado que procuram explorar os pontos fortes desses países correm o risco de interferir na competitividade das empresas e criar distorções no mercado único europeu", acrescentou, referindo-se ao plano de 200 mil milhões de euros anunciado pela Alemanha para suavizar o impacto do aumento dos preços da energia naquele país.
"Apoiaremos qualquer ação destinada a combater a especulação e aumentos injustificados do custo da energia e apoiaremos iniciativas comuns de ajuda concreta às famílias e às empresas", prometeu a provável futura chefe do executivo italiano.
Meloni está a organizar uma série de reuniões para preparar a sua futura equipa governamental.
O partido de extrema-direita de Giorgia Meloni venceu as eleições com 26 por cento dos votos, e a coligação que lidera obteve uma maioria clara no parlamento, segundo resultados finais.
A Liga, de Matteo Salvini, conseguiu 8,8% dos votos (contra 13% em 2018), e a Força Itália, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, 8,1% (14% em 2018), de acordo com os números do Ministério do Interior.
Assim, a coligação destes três partidos e de uma formação mais pequena com menos de 01% obteve 43,8% dos votos.
Estes resultados da coligação liderada por Meloni traduzem-se em 237 dos 400 lugares na Câmara dos Deputados, e em 115 dos 200 lugares no Senado.
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