Segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Vrublevsky pediu que se acabasse com o maior número possível de russos, "transgredindo, assim, todos os limites do comportamento civilizado".
Na sequência do relatado, as autoridades russas exigiram que o Cazaquistão expulsasse o diplomata ucraniano, como sinal de rejeição, o que, segundo Moscovo, Astana aceitou e disse que mandaria embora Vrublevsky "irrevogavelmente, no mais curto espaço de tempo possível".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo lamentou que a promessa de que o representante ucraniano "nunca mais voltará" ao Cazaquistão não tenha sido cumprida, dizendo que Vrublevsky foi visto nas ruas de Astana "e claramente não era a fazer as malas e levar a sua família com ele".
Segundo a diplomacia russa, Vrublevsky "assiste a receções diplomáticas como chefe da missão ucraniana" no Cazaquistão, uma situação que Moscovo considera "inaceitável" e protestou junto do embaixador do Cazaquistão.
A Rússia exortou o Cazaquistão a respeitar a sua própria legislação, referindo-se a um artigo do Código Penal sobre o incitamento ao ódio étnico, e "a não seguir o exemplo do regime neonazi de Kyiv".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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