UNITA manifesta preocupação com violência da polícia contra estudantes

O grupo parlamentar da UNITA manifestou hoje "bastante preocupação" com os "atos de violência" de "agentes da Polícia Nacional" angolana contra "crianças estudantes que se manifestavam pela melhoria das condições" de uma escola em Viana, município de Luanda.

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Lusa
14/10/2022 15:26 ‧ 14/10/2022 por Lusa

Mundo

Angola

"O grupo parlamentar da UNITA acompanha com bastante preocupação as notícias sobre os atos de violência levados a cabo por agentes da Polícia Nacional em Viana, perpetrados contra crianças estudantes que se manifestavam ontem, quinta-feira, 13 de outubro de 2022, pela melhoria das condições na Escola 5008, localizada em Viana", fez saber o principal partido da oposição através de uma nota.

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) "condena esta onda crescente de violência praticada por agentes da lei e ordem, empunhando armas de fogo, sobretudo contra crianças inocentes e inofensivas que reclamavam apenas pelos seus direitos", acrescenta-se no texto.

A declaração "insta" ainda o Ministério do Interior angolano a "pôr cobro, com urgência" ao que o partido designa como um "cortejo de atropelos aos direitos humanos, à Constituição e à lei praticados por agentes da Polícia Nacional".

O partido "solidariza-se", por outro lado, com estudantes e demais cidadãos que, "no uso dos seus direitos constitucionais, se manifestam para a melhoria das suas condições de vida, de ensino e de trabalho".

Um professor foi detido hoje na sequência de uma marcha realizada esta quinta-feira no município de Viana, em Luanda, acusado de ter liderado um grupo de cerca de 300 alunos que protestaram contra a falta de carteiras na escola e que terão provocado danos nas mesmas.

A manifestação foi dispersada pela polícia que, segundo relatos que circulam nas redes sociais, recorreu a disparos para travar a marcha dos alunos, que pretendiam levar o protesto à repartição do Ministério da Educação em Viana.

Leia Também: UNITA aborda com advogado situação de "presos políticos" angolanos

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