"Vamos apoiar Hong Kong e Macau a integrarem-se melhor nos planos de desenvolvimento da China e a desempenharem um maior papel na concretização do rejuvenescimento nacional", afirmou Xi, na abertura do 20º Congresso do Partido Comunista da China (PCC).
Em causa está a construção de uma grande metrópole a partir de Hong Kong e Macau, e nove cidades de Guangdong, através da criação de um mercado único e da crescente conectividade entre as vias rodoviárias, ferroviárias e marítimas.
Guangdong é a província chinesa mais exportadora e a primeira a beneficiar da política de Reforma e Abertura adotada pelo país no final dos anos 1970, contando com três das seis Zonas Económicas Especiais da China - Shenzhen, Shantou e Zhuhai.
No primeiro dia do mais importante evento da agenda política da China, que se realiza a cada cinco anos e reúne, em Pequim, mais de 2.000 delegados de todo o país, o secretário-geral do PCC reviu os últimos cinco anos e estabeleceu o roteiro para os próximos cinco.
"A política 'um país, dois sistemas' é uma grande inovação do socialismo com características chinesas e provou ser o melhor arranjo institucional para garantir a prosperidade e estabilidade sustentadas em Hong Kong e Macau, após o retorno à pátria", disse Xi Jinping.
"Esta política deve ser respeitada a longo prazo", assegurou.
A fórmula 'um país, dois sistemas' foi usada em Macau e Hong Kong, após a transferência dos dois territórios para a China, por Portugal e pelo Reino Unido, respetivamente, e garante às duas regiões um elevado grau de autonomia a nível executivo, legislativo e judiciário.
O líder chinês disse ainda que as medidas tomadas em Hong Kong, após os protestos pró-democracia de 2019, restauraram a ordem e garantiram que a região semiautónoma é governada por patriotas.
Hong Kong "entrou num novo estágio, no qual restaurou a ordem e está pronto para prosperar".
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