Moldova diz que tomará medidas de proteção se Rússia ameaçar soberania

A Presidente da Moldova, Maia Sandu, anunciou que o seu país tomará "medidas de proteção" se a Rússia ameaçar de alguma forma a sua soberania e integridade territorial, depois de três mísseis russos terem sobrevoado o espaço aéreo moldavo na semana passada.

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Lusa
17/10/2022 18:37 ‧ 17/10/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"A segurança dos nossos cidadãos tem sido a nossa principal preocupação desde o primeiro dia da guerra e desde as primeiras semanas de hostilidades. Recorremos aos nossos parceiros com um pedido para ajudar a melhorar as nossas capacidades de defesa", disse Sandu.

A presidente comunicou que as autoridades moldavas ainda estão a "negociar" com os seus aliados o reforço da defesa do país, aguardando "resultados mais concretos".

Na semana passada, três mísseis russos sobrevoaram o espaço aéreo moldavo antes de atingirem vários locais na Ucrânia ocidental. O Ministério da Defesa da Roménia, país vizinho da Moldova, disse que os mísseis poderiam ter vindo de bases militares russas na península da Crimeia.

Na altura, Maia Sandu condenou o incidente como "uma grave violação do espaço aéreo", bem como da "neutralidade" da Moldova, "um país pacífico".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais. 

Leia Também: Ataques matam oito civis em Kyiv e Sumy. Uma das vítimas estava grávida

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