Reino Unido. Nicola Sturgeon junta-se a vozes que pedem eleições
A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, juntou-se hoje aos responsáveis políticos que pedem eleições gerais no Reino Unido, considerando que é um "imperativo democrático" por causa da demissão da primeira-ministra britânica, Liz Truss.
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Numa mensagem divulgada na rede social Twitter, Sturgeon afirmou que "não há palavras para descrever este desastre total", referindo-se à turbulência política vivida no Reino Unido durante as seis semanas que Liz Truss liderou o Governo conservador.
"Ultrapassa a hipérbole e a paródia. A realidade é que são as pessoas comuns que estão a pagar o preço", considerou.
A dirigente do Partido Nacional Escocês argumentou que "os interesses do Partido Conservador não devem preocupar ninguém neste momento" e que "eleições gerais são agora um imperativo democrático".
O líder do Partido Liberal Democrata, Ed Davey, também apelou à realização de eleições após ao anúncio de Truss, que disse numa declaração ao início da tarde junto à residência oficial de Downing Street que tinha informado o Rei Carlos III da sua demissão de líder dos conservadores, mantendo-se em funções só até que seja designada uma nova liderança.
"Não precisamos de outro primeiro-ministro conservador que se vá arrastando de crise em crise", disse numa mensagem no Twitter, acrescentando que é preciso realizar "eleições gerais agora e pôr os conservadores fora do poder".
O líder conservador no parlamento do País de Gales, Andrew Davies, defendeu que Truss "fez o correto ao demitir-se".
"Os cidadãos de qualquer parte do Reino Unido estão preocupados, e com razão, com a crise e o custo de vida", referiu.
O novo líder do Governo britânico deve "enfrentar esta situação com rapidez e proporcionar liderança, confiança e esperança a todos os cidadãos", defendeu.
Antes do anúncio da demissão, o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, tinha também pedido a convocação imediata de eleições legislativas no Reino Unido, frisando que o país "não pode aguentar com o caos dos conservadores" e que é precisa "uma eleição nacional já".
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