Putin, vestido com um casaco de inverno, colocou os óculos de proteção e um capacete, deitou-se no chão e disparou uma espingarda de 'sniper', de fabrico russo, Dragunov, de 7,62 milímetros para a testar, em imagens que foram transmitidas pela televisão pública russa.
O Presidente inspecionou a coordenação das unidades de combate e a preparação do pessoal mobilizado no polígono da região de Ryazan, do Distrito Militar Ocidental, a cerca de 200 quilómetros de Moscovo.
Em 21 de setembro, Putin decretou a mobilização de 300.000 reservistas para reforçar as forças militares presentes na invasão da Ucrânia, dos quais pouco mais de 200.000 já ingressaram nas fileiras do Exército.
Os 'media' independentes têm divulgado relatos de reservistas que se queixam de que apenas estão a ter alguns dias de treino, mal tendo tempo para experimentar as armas com que devem lutar na Ucrânia.
Hoje, o Ministério da Defesa russo garantiu que cada soldado usará pelo menos 600 balas e cinco granadas durante o treino.
O Presidente recebeu um relatório do ministro da Defesa, Serguei Shoigu, sobre o processo de treino dos soldados em várias especialidades militares e inspecionou exercícios práticos de treino tático, com recurso a armas de fogo, de engenharia e de prática médica em combate.
Putin também pôde observar como os reservistas mobilizados praticam um curso de assalto a nível de esquadrão e como lidam com veículos blindados inimigos, em exercícios de simulação.
O Presidente também visitou um complexo de tiro, onde os recrutas são treinados por instrutores, e onde teve a oportunidade de disparar com uma arma.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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