O antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi, esta sexta-feira, oficialmente intimado a testemunhar sobre a invasão ao Capitólio por parte dos seus apoiantes, que decorreu a 6 de janeiro de 2021.
O ex-chefe de Estado deverá ainda fornecer documentos ao organismo até ao dia 4 de novembro, estando previsto que deponha a partir do dia 14 do mesmo mês.
"Como demonstrado nas nossas audiências, reunimos provas contundentes, inclusivamente de dezenas dos seus ex-nomeados e funcionários, de que orquestrou pessoalmente e supervisionou um esforço de várias partes para derrubar as eleições presidenciais de 2020 e obstruir a transição pacífica de poder", escreveu a comissão numa carta endereçada a Trump, citada pela agência Reuters.
De notar que o organismo já teria notificado o magnata, a 13 de outubro, por considerar que seria "o ator principal de 6 de janeiro".
"Somos obrigados a procurar respostas diretamente do homem que pôs tudo isto em movimento. E todos os americanos têm direito a essas respostas", disse a vice-presidente da comissão, Liz Cheney.
No mesmo dia, a entidade alertou que a invasão ao Capitólio norte-americano não foi um incidente isolado, mas um aviso sobre a fragilidade da democracia do país na era pós-Trump, que não era "normal, aceitável ou legal numa república".
Esta sexta-feira, Steve Bannon, o aliado e antigo conselheiro do ex-presidente norte-americano, foi condenado a quatro meses de prisão, por se ter recusado a colaborar com a comissão de investigação à invasão do Capitólio. Terá ainda de pagar uma multa de 6.500 dólares (cerca de 6.627 euros), depois de ter sido, em julho, considerado culpado de duas acusações de desobediência criminosa ao Congresso.
[Notícia atualizada às 19h28]
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