Dois dos arguidos foram presos na quinta-feira, enquanto os outros cinco permanecem em liberdade.
Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América (EUA), os sete suspeitos estavam envolvidos na Operação Fox Hunt, que envolve "esquadrões de repatriação" clandestinos que procuram forçar os expatriados a regressar à China.
Pequim apresentou a operação como uma estratégia anticorrupção, assegurando que os seus serviços respeitavam as leis internacionais quando viajavam para o estrangeiro.
A China repetiu esta linha de defesa hoje em resposta às acusações, acusando os EUA de "negar factos básicos e desacreditar o trabalho das agências de aplicação da lei chinesas".
"Opomo-nos veementemente", acrescentou Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.
Os sete acusados estavam alegadamente a perseguir e a assediar a família de um cidadão chinês, a quem o poder judicial norte-americano apresentou a identidade fictícia de John Doe-1 para proteger o seu anonimato.
As ações dos acusados destinavam-se "a provocar o repatriamento forçado de um residente dos EUA para a China", disse o procurador Breon Peace numa declaração.
"Os Estados Unidos opor-se-ão firmemente a estas violações flagrantes da soberania nacional e processarão os indivíduos que servem como agentes ilegais de Estados estrangeiros", prometeu.
Em janeiro, a associação espanhola Safeguard Defenders, publicou um relatório no qual acusava a China de ter forçado perto de 10.000 pessoas a regressar ao seu território desde 2014, através de operações ilegais em países estrangeiros.
Através das operações "Fox Hunt" e "Sky Net", as autoridades chinesas tinham utilizado métodos extrajudiciais, tais como intimidação, assédio ou mesmo rapto, segundo o documento.
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