Irão condena pedido de investigação sobre uso dos seus drones na Ucrânia

Ucrânia acusou, já por várias vezes, a Rússia de ter utilizado drones Shahed-136, de fabrico iraniano, nos mais recentes ataques sobre o país.

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Notícias ao Minuto
22/10/2022 11:16 ‧ 22/10/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O Irão condenou veementemente, este sábado, o pedido feito pela França, Alemanha e Reino Unido para que a Organização das Nações Unidas (ONU) investigue as alegações que dão conta de que a Rússia poderá ter usado, recentemente, drones de origem iraniana para atacar alvos ucranianos, está a reportar a Reuters.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do país, Nasser Kanaani, considerou que tal apelo, feito na sexta-feira, foi "falso e sem fundamento" - tendo sido, por isso, "fortemente rejeitado e condenado" por parte do Irão.

De recordar que a Ucrânia acusou, já por várias vezes, a Rússia de ter utilizado drones Shahed-136, de fabrico iraniano, nos mais recentes ataques sobre o país.

Porém, o Irão tem vindo constantemente a negar o fornecimento de tais aparelhos a Moscovo - que recusa, por sua vez, a possibilidade de ter usado drones iranianos para atacar a Ucrânia.

"O governo da República Islâmica do Irão, na sua missão de proteger os seus interesses nacionais e de garantir os direitos do nobre povo iraniano, reserva-se o direito de responder a qualquer ação irresponsável", terá dito Nasser Kanaani, segundo uma declaração que consta no website do Ministério dos Negócios Estrangeiros do país. E acrescentou que o país não "hesitará em defender os interesses do povo iraniano".

Numa carta assinada pelos enviados nacionais da ONU, a que a Reuters teve acesso, França, Alemanha e Reino Unido apoiaram o apelo feito, na segunda-feira, pela Ucrânia, a propósito da realização de uma investigação acerca de tal eventual uso de drones de fabrico iraniano no conflito. 

Na sua argumentação, a Ucrânia alega que o uso de tais aparelhos violou a Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU (UNSCR) - referente à aprovação do acordo nuclear iraniano de 2015.

Segundo as mais recentes contabilizações da ONU (Organização das Nações Unidas), foram já confirmados mais de 6.300 civis mortos na sequência deste conflito na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro. Porém, a mesma fonte remete um balanço mais certeiro para o final dos combates no terreno, altura em que será possível fazer um apuramento mais preciso das fatalidades.

Leia Também: Irão aconselha cidadãos a sair da Ucrânia

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