Após dramática demissão de Truss, Boris garante apoio para recandidatura
Segundo reporta a Sky News, são já seis os ministros conservadores a demonstrarem o seu apoio face a uma eventual recandidatura de Boris Johnson.
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Mundo Reino Unido
Dois dias depois da 'dramática' demissão da até agora líder do Partido Conservador do Reino Unido, Liz Truss, o antigo-primeiro ministro britânico, Boris Johnson, optou por regressar das suas férias na República Dominicana. Esta tarde, soube-se que Johnson conseguiu reunir o número de membros suficientes para concorrer, novamente, à liderança dos Tory.
Segundo reporta a Sky News, são já seis os ministros conservadores a demonstrarem o seu apoio face a uma eventual recandidatura de Boris Johnson - que, recorde-se, abandonou o cargo há apenas seis semanas, na sequência de uma série de escândalos e demissões em massa que afetaram o seu executivo.
Porém, nada disso parece ter afetado a popularidade deste político. Depois de ter alegadamente dito a um apoiante conservador que estaria "disposto" a avançar com uma nova candidatura, sabe-se agora que Jacob Rees-Mogg, atual secretário de Estado responsável pela pasta dos Negócios, Ben Wallace, o secretário de Estado da Defesa, e Simon Clarke, o secretário de Estado para a Habitação e Comunidades, estão entre o leque de governantes que apoiam esta investida política do antigo líder britânico.
— Jacob Rees-Mogg (@Jacob_Rees_Mogg) October 21, 2022
Também a secretária de Estado demissionária Priti Patel, a quem cabia a pasta do Interior, disse apoiar Boris Johnson devido ao seu "historial comprovado" de liderança.
Apesar destas posições abonatórias face a uma eventual recandidatura, este político continua a ser, como de costume, uma figura pouco consensual. Aliás, certos conservadores até ameaçaram abandonar os seus cargos parlamentares caso Boris Johnson regresse ao posto que já foi seu (e há bem pouco tempo, até).
Porém, de acordo com uma fonte confidencial próxima de Boris Johnson, citada pelo Sunday Times, a BBC e a Sky News, o antigo chefe do executivo britânico já terá garantido os 100 apoiantes necessários para avançar com uma recandidatura.
O Partido Conservador tem, neste momento, uma semana para eleger um novo líder e, consequentemente, um novo primeiro-ministro para o país. Os deputados que desejem entrar na corrida devem garantir o apoio por parte de 100 colegas até às 14 horas de segunda-feira.
Note-se que a atual porta-voz do governo britânico na Câmara dos Comuns, Penny Mordaunt, foi o primeiro nome a anunciar a candidatura oficial a este cargo, que agora se encontra totalmente em aberto. Na altura da demissão de Boris Johnson, a política apresentou-se como a terceira classificada no âmbito dessa corrida.
Por sua vez, o ex-ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, conseguiu já garantir os 100 apoios exigidos para concorrer a esse cargo, segundo o anúncio feito por um deputado do partido, Tobias Ellwood, na rede social Twitter.
De recordar que a até agora líder do partido no governo, Liz Truss, apenas ocupou o cargo durante 44 dias - o que equivale ao mandato mais curto de sempre de um primeiro-ministro britânico. A demissão foi apresentada na quinta-feira.
Perante este cenário de instabilidade interna no Partido Conservador, a oposição tem vindo a defender a convocação imediata de eleições legislativas, remetendo para o povo britânico o futuro da nação.
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