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Boris Johnson sai da corrida e abre a porta a Rishi Sunak

O antigo primeiro-ministro terá chegado a um acordo com Rishi Sunak e Penny Mordaunt para não concorrer à liderança do Partido Conservador.

Boris Johnson sai da corrida e abre a porta a Rishi Sunak
Notícias ao Minuto

21:26 - 23/10/22 por Hélio Carvalho

Mundo Reino Unido

O antigo primeiro-ministro britânico e líder conservador Boris Johnson anunciou este domingo à noite que não vai concorrer novamente à liderança do Partido Conservador, depois de muitos terem pedido que este sucedesse a Liz Truss como primeiro-ministro do Reino Unido.

A desistência de Boris Johnson deverá abrir caminho ao seu antigo ministro das Finanças, Rishi Sunak, que é agora o grande favorito para ocupar o número 10 de Downing Street.

Depois da demissão de Liz Truss - que entrou na história como a primeira-ministra britânica que menos tempo ocupou o cargo, depois de 45 dias de caos económico e político -, muitos pediram que Johnson voltasse à liderança do país. De recordar que Boris Johnson saiu do governo britânico em setembro.

Johnson respondeu à especulação e aos pedidos de vários apoiantes no Parlamento - como Jacob Rees-Mogg, Pritti Patel, Nadhim Zahawi, entre outros -, regressando de férias mais cedo e procurando reunir apoios suficientes dentro do Partido Conservador.

Mas, este domingo, o antigo primeiro-ministro, cujo mandato de dois anos ficou marcado por múltiplos escândalos governamentais, admitiu que voltar ao cargo de primeiro-ministro "seria errado".

"Há uma boa hipótese de que eu teria sucesso na eleição dentro do Partido Conservador, e que estaria de volta a Downing Street na sexta-feira. Mas, ao longo destes últimos dias, infelizmente apercebi-me que isso simplesmente seria errado. Não é possível governar com eficiência a não ser que haja um partido unido no Parlamento", considerou Johnson, num comunicado citado pelo The Guardian.

O líder que antecedeu a Liz Truss referiu ainda que "conversou com o Rishi [Sunak] e a Penny [Mordaunt]", porque esperava que se "pudessem unir pelo interesse nacional". "Infelizmente, não conseguimos arranjar forma de o fazer", lamentou.

Imediatamente a seguir ao anúncio de Boris Johnson, começaram a multiplicar-se os apoios de deputados do Partido Conservador a Rishi Sunak, o antigo ministro que perdeu na última eleição partidária para Truss. Com a chuva de apoios que caiu nos últimos dias, Sunak é claramente o favorito a ser o próximo primeiro-ministro britânico, à frente de Penny Mordaunt, com mais de 150 apoios de deputados conservadores.

Depois desta repentina corrida à liderança do Partido Conservador, e do Reino Unido, o próximo líder deverá ser empossado pelo rei Carlos III. No entanto, se a eleição de Liz Truss já motivara pedidos de eleições antecipadas por parte da oposição, o Partido Trabalhista exigiu que o próximo primeiro-ministro convocasse eleições o mais rapidamente possível.

"Depois de 12 anos de falhanço Tory, o povo britânico merece muito mais do que esta porta rotativa de caos. Precisamos de ter uma nova oportunidade. Precisamos de eleições gerais - agora", pediu o líder dos trabalhistas, Keir Starmer.

[Notícia atualizada às 21h45]

Leia Também: Após dramática demissão de Truss, Boris garante apoio para recandidatura

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