Boris Johnson sai da corrida e abre a porta a Rishi Sunak
O antigo primeiro-ministro terá chegado a um acordo com Rishi Sunak e Penny Mordaunt para não concorrer à liderança do Partido Conservador.
© Reuters
Mundo Reino Unido
O antigo primeiro-ministro britânico e líder conservador Boris Johnson anunciou este domingo à noite que não vai concorrer novamente à liderança do Partido Conservador, depois de muitos terem pedido que este sucedesse a Liz Truss como primeiro-ministro do Reino Unido.
A desistência de Boris Johnson deverá abrir caminho ao seu antigo ministro das Finanças, Rishi Sunak, que é agora o grande favorito para ocupar o número 10 de Downing Street.
Depois da demissão de Liz Truss - que entrou na história como a primeira-ministra britânica que menos tempo ocupou o cargo, depois de 45 dias de caos económico e político -, muitos pediram que Johnson voltasse à liderança do país. De recordar que Boris Johnson saiu do governo britânico em setembro.
Johnson respondeu à especulação e aos pedidos de vários apoiantes no Parlamento - como Jacob Rees-Mogg, Pritti Patel, Nadhim Zahawi, entre outros -, regressando de férias mais cedo e procurando reunir apoios suficientes dentro do Partido Conservador.
Mas, este domingo, o antigo primeiro-ministro, cujo mandato de dois anos ficou marcado por múltiplos escândalos governamentais, admitiu que voltar ao cargo de primeiro-ministro "seria errado".
"Há uma boa hipótese de que eu teria sucesso na eleição dentro do Partido Conservador, e que estaria de volta a Downing Street na sexta-feira. Mas, ao longo destes últimos dias, infelizmente apercebi-me que isso simplesmente seria errado. Não é possível governar com eficiência a não ser que haja um partido unido no Parlamento", considerou Johnson, num comunicado citado pelo The Guardian.
O líder que antecedeu a Liz Truss referiu ainda que "conversou com o Rishi [Sunak] e a Penny [Mordaunt]", porque esperava que se "pudessem unir pelo interesse nacional". "Infelizmente, não conseguimos arranjar forma de o fazer", lamentou.
I’ve been agonising all weekend knowing that our choice as next PM must bring together our divided party & restore stability to our Government. All wings of our party will need to work together after contest to achieve that but I’m supporting @RishiSunak to lead us in doing so.
— James Heappey MP (@JSHeappey) October 23, 2022
Imediatamente a seguir ao anúncio de Boris Johnson, começaram a multiplicar-se os apoios de deputados do Partido Conservador a Rishi Sunak, o antigo ministro que perdeu na última eleição partidária para Truss. Com a chuva de apoios que caiu nos últimos dias, Sunak é claramente o favorito a ser o próximo primeiro-ministro britânico, à frente de Penny Mordaunt, com mais de 150 apoios de deputados conservadores.
Depois desta repentina corrida à liderança do Partido Conservador, e do Reino Unido, o próximo líder deverá ser empossado pelo rei Carlos III. No entanto, se a eleição de Liz Truss já motivara pedidos de eleições antecipadas por parte da oposição, o Partido Trabalhista exigiu que o próximo primeiro-ministro convocasse eleições o mais rapidamente possível.
After 12 years of Tory failure, the British people deserve so much better than this revolving door of chaos.
— Keir Starmer (@Keir_Starmer) October 20, 2022
We need a general election, now.
My full statement: pic.twitter.com/NAQz70eVke
"Depois de 12 anos de falhanço Tory, o povo britânico merece muito mais do que esta porta rotativa de caos. Precisamos de ter uma nova oportunidade. Precisamos de eleições gerais - agora", pediu o líder dos trabalhistas, Keir Starmer.
[Notícia atualizada às 21h45]
Leia Também: Após dramática demissão de Truss, Boris garante apoio para recandidatura
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com