Os dez suspeitos foram detidos na província do Azerbaijão Ocidental, de acordo com a agência de notícias iraniana Fars.
"Incendiaram carros e casas de pessoas das forças de segurança e receberam dinheiro para tirar fotos que enviaram aos agentes do Mossad", refere a mesma fonte.
O Ministério Público acusa os detidos de se prepararem para "minar a segurança" em Kerman.
Os suspeitos foram detidos por agentes da Guarda Revolucionária Iraniana, o corpo militar e ideológico de elite das Forças Armadas do Irão.
Um dos suspeitos deveria encontrar-se com um agente israelita nem um país vizinho, para receber uma nova missão, acrescentou.
Em 23 de julho o Irão tinha anunciado que os seus agentes secretos desmantelaram um grupo ligado à agência secreta israelita Mossad, que alegadamente já tinha planeado operações terroristas no interior do país, e apreenderam armas, explosivos e equipamento técnico.
De acordo com a televisão oficial iraniana, os membros do grupo entraram no país proveniente de uma região predominantemente curda, como é o caso das zonas fronteiriças da Turquia e do Iraque.
As autoridades iranianas culpam a influência e a propaganda de potências estrangeiras como os Estados Unidos ou Israel pelos recentes protestos que começaram desde a morte daquela curda iraniana de 22 anos, em 16 de setembro, depois de detida, três dias antes, em Teerão pela polícia dos costumes, que lhe reprovava ter infringido o estrito código de vestuário do país.
Desde então o Irão tem enfrentado uma série de manifestações que já causaram dezenas de mortes, na sua maior parte manifestantes, mas também membros das forças de segurança.
Centenas de manifestantes já foram detidos. As autoridades não informaram o número total de detenções desde 16 de setembro.
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