Hunter Seefried, de 24 anos, tinha sido condenado em junho pelas acusações de crime e delinquência pelo juiz distrital dos EUA, Trevor McFadden.
Quer Hunter, quer Kevin Seefried optaram por serem julgados por um juiz, ao invés de verem o seu caso decidido por um júri, noticiou a agência Associated Press (AP).
Pai e filho viajaram para Washington desde a sua casa em Laurel, no Estado de Delaware, para ouvir o discurso de Trump no comício "Stop the Steal" [Parem com o roubo, em português], em 06 de janeiro de 2021, quando o republicano instou os seus apoiantes a marcharem rumo ao Capitólio para impedir a certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden.
Os dois estiveram entre os primeiros manifestantes a aproximarem-se do Congresso norte-americano junto à porta da ala do Senado, segundo a acusação.
Depois de ver outros manifestantes a utilizarem um escudo policial e um pedaço de madeira para partir uma janela, Hunter Seefried usou o seu punho protegido para retirar um grande pedaço de vidro numa das janelas partidas.
Fotografias que foram amplamente divulgadas mostram Kevin Seefried a carregar uma bandeira dos Estados Confederados dentro do Capitólio, depois dos dois entrarem no edifício através de uma janela partida.
A defesa de Hunter Seefried pediu liberdade condicional e prisão domiciliária, em vez de pena de prisão efetiva.
Ao tribunal, o advogado de Hunter referiu que o seu cliente se deslocou ao Capitólio naquele dia porque o seu pai o forçou a participar, assinalando também que este não carregava armas, nem feriu ou ameaçou ninguém.
A sentença de Kevin Seefried deverá ser conhecida em janeiro, depois de ambos terem sido condenados por obstrução de um processo oficial, a sessão conjunta do Congresso para certificar a vitória de Joe Biden.
O juiz também condenou pai e filho por delinquência, por se terem envolvido em conduta desordeira e manifestarem ilegalmente dentro do edifício.
Hunter e Kevin Seefried estão entre as cerca de 900 pessoas acusadas de crimes federais relacionados com o ataque ocorrido em 06 de janeiro de 2021.
Mais de 420 destes declararam-se culpados e cerca de 300 foram já condenados a penas que variam entre liberdade condicional a 10 anos de prisão.
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