Hoje, Biden desloca-se a Siracusa, no norte do estado de Nova Iorque, e, na sexta-feira, parte para Filadélfia, para onde leva na pasta discursos com um tópico que tem sido usado pelos candidatos republicanos ao Congresso para criticar o Partido Democrata: o desempenho da Casa Branca na área da economia.
Recentemente, a Casa Branca tem prestado muita atenção ao estado da Pensilvânia, onde os democratas disputam agressivamente uma vaga no senado detida pelos republicanos, para ajudar a compensar perdas potenciais em outras disputas importantes.
Hoje, Biden teve uma ajuda importante com a notícia de que a economia cresceu a uma taxa anual de 2,6%, melhor do que o esperado, entre julho e setembro, superando a inflação e as taxas de juro e colocando fim a dois trimestres consecutivos de contração económica.
"Há meses, os pessimistas argumentam que a economia dos EUA está em recessão e que os republicanos do Congresso desejam uma desaceleração", disse Biden, em comunicado, salientando que começam a existir provas de "recuperação económica", provando a "resiliência do povo americano".
Publicamente, a Casa Branca e os líderes democratas têm expressado otimismo, apostando em que conseguem vencer as sondagens e manter o controlo do Congresso, mas, em particular, cresce o sentimento de que a Câmara de Representantes já está perdida para os republicanos e que o Senado pode cair para qualquer um dos lados.
Biden tem intensificado a sua agenda de campanha, embora esteja a evitar estados mais adversos, como Nevada e Arizona.
O estado da Pensilvânia é considerado um ponto fulcral para estas eleições intercalares de 08 de novembro, e Biden quer visitar Filadélfia, num evento onde também estará presente a vice-Presidente, Kamala Harris.
Na próxima semana, Biden tem programada uma visita à Florida, onde o governador democrata, Charlie Crist, quer que o Presidente apareça ao seu lado em campanha, num estado que tem sido favorável para os republicanos, nos últimos anos.
Em Siracusa, Biden vai aproveitar para apresentar um investimento significativo da empresa norte-americana Micron, uma das maiores fabricantes de semicondutores do mundo, que deverá criar 50.000 novos empregos.
Os democratas acreditam que isso ajudará os eleitores a estabelecer uma conexão direta entre a estratégia do Governo e o crescimento do emprego.
Nas últimas semanas, Biden usou o seu púlpito presidencial para promover os valores do seu partido no setor económico, vangloriando-se sobre as leis que conseguiu fazer aprovar para a construção de grandes infraestruturas.
Ainda assim, há alguma preocupação entre os democratas de que os eleitores não entendam essa mensagem e não reconheçam os méritos da política económica da Casa Branca, alinhando pelos argumentos dos republicanos, que apelam a menos impostos para combater os efeitos da inflação.
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