A política de 'covid zero' da China continua a gerar controvérsia e críticas por parte das autoridades de saúde internacionais e, esta segunda-feira, as medidas de confinamento impostas por Pequim terão deixado muitos turistas no Resort da Disney de Xangai descontentes.
O resort anunciou às 11h39 (hora local, mais oito horas do que em Lisboa) que as instalações iriam ser completamente fechadas, incluindo o parque e as ruas de comércio. Em causa está um novo confinamento para mitigar a propagação da Covid-19 pela cidade, uma das mais populosas - e mais atingidas pela pandemia - da China.
Segundo a Reuters, o anúncio surgiu quando ainda estavam pessoas no interior do parque. Na rede social WeChat, o governo de Xangai disse que ia impedir de sair todos os que não apresentassem um teste negativo à Covid-19.
As pessoas que estiverem no parque desde quinta-feira têm de apresentar três testes negativos consecutivos.
Também a BBC descreveu, com base em vídeos publicados na rede social chinesa Weibo, que muitos turistas correram em direção aos portões do parque temático, mas deram de caras com os mesmos encerrados.
No entanto, nem tudo é mau, já que as diversões e carrosséis vão continuar disponíveis e abertos para quem ficou preso no interior do resort.
O encerramento do parque surge apenas dois dias depois da reabertura, com uma capacidade mais reduzida devido à pandemia.
A política de 'covid zero' na China tem consistido na imposição de rápidos confinamentos e testagem em massa de milhões de pessoas, mal são registados alguns casos localmente transmitidos. Por exemplo, esta semana a cidade de Xangai voltou a ser alvo de um confinamento, após ter registado apenas dez casos no sábado.
Segundo a BBC, estão em vigor mais de 200 confinamentos na China, registando-se cerca de 1000 casos por dia - um valor considerado pequeno para outros países com uma população bem mais reduzida do que a China.
Estas práticas de dar preferência a confinamentos, e não à vacinação contra a Covid-19, tem impactado negativamente a economia chinesa, sendo que o PIB da China caiu 2,6% no primeiro trimestre do ano.
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