EUA acusam Coreia do Norte de fornecer projéteis à Rússia
O número de projéteis não é "suficiente para mudar o curso da guerra" na Ucrânia, garantiu o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
© Al Drago/Bloomberg via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
Os Estados Unidos acusaram, esta quarta-feira, a Coreia do Norte de fornecer um número "significativo" de projéteis à Rússia. Segundo o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, o número de projéteis não é "suficiente para mudar o curso da guerra" na Ucrânia.
Em conferência de imprensa, citado pela agência de notícias Reuters, o responsável afirmou que a Coreia do Norte está a enviar a artilharia através de países do Médio Oriente e do Norte de África.
"As nossas indicações são que a Coreia da Norte está a fornecer [projéteis] secretamente", revelou, acrescentando que os EUA irão acompanhar a situação para averiguar se "os carregamentos são recebidos".
"Não é um número insignificante de cartuchos, mas não acreditamos que sejam em quantidade suficiente para mudar o curso da guerra", acrescentou.
A acusação surge após a Coreia do Norte ter, em setembro, garantido que nunca tinha fornecido armas ou munições à Rússia. Na altura, o país acusou ainda os EUA de tentarem manchar a sua imagem e sugeriu que deveriam parar de fazer "comentários imprudentes" e "manter a boca fechada".
A Coreia do Norte é um dos poucos países que se manifestaram a favor da Rússia na guerra da Ucrânia.
Em agosto, os Estados Unidos divulgaram informações de que os militares russos receberam centenas de drones (aeronaves não tripuladas) do Irão, outro país que apoia as pretensões de Moscovo na Ucrânia.
A Casa Branca também acusou Teerão de ter enviado peritos militares para a Crimeia, a península ucraniana anexada por Moscovo em 2014, para prestar assistência técnica aos russos na operação dos drones.
O Irão negou ambas as acusações.
A Ucrânia tem denunciado o uso de drones iranianos "Shahed 136" pela Rússia em sucessivas vagas de bombardeamentos contra as suas infraestruturas de energia.
O exército ucraniano disse, no final da semana passada, que as suas defesas aéreas já abaterem cerca de 300 drones disparados pela Rússia desde 13 de setembro, quando foi detetado o primeiro "Shahed 136" derrubado na região de Kharkov.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e quase dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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