O antigo presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, defendeu, esta quarta-feira, o regresso da pena de morte para "proteger os interesses do povo, do Estado e da sociedade".
Numa mensagem publicada no Telegram, o aliado de Vladimir Putin referiu-se sobretudo aos "traidores" da Rússia e lembrou que durante a Segunda Guerra Mundial "ninguém mostrou misericórdia para com os sabotadores que, por ordem dos assassinos nazis, realizaram trabalhos subversivos na retaguarda".
"Havia apenas um veredicto para esses canalhas: execução sem julgamento ou investigação", asseverou, acrescentando que um "traidor que comete tal crime em tempo de guerra, não tem idade, nem nacionalidade, nem mesmo o direito de defender a sua vida".
Medvedev vai mais longe e afirma que "na Rússia moderna há uma moratória sobre a pena de morte", que, apesar de "muito humana", pode ser levantada.
"Gostaria de enfatizar mais uma vez, mesmo no âmbito da atual Constituição, a moratória sobre a pena de morte pode ser levantada, se necessário", afirmou. "Trata-se de escolher meios para proteger os interesses do nosso povo, do Estado e da sociedade".
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e quase dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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