Venezuela e Guiné-Bissau assinam acordo de associação estratégica

A Venezuela e a Guiné-Bissau assinaram um "acordo de associação estratégica" para reforçar, entre outros, o comércio bilateral e a cooperação nas áreas agrícola, económica, petrolífera, energética, transporte aéreo, educação e saúde.

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Lusa
03/11/2022 06:39 ‧ 03/11/2022 por Lusa

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Diplomacia

O acordo foi assinado no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, pelo Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o homólogo da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, no âmbito da primeira visita oficial do governante guineense ao país sul-americano, iniciada na terça-feira.

"As nossas delegações tiveram uma muito boa jornada de trabalho para ir construindo aquilo a que sempre chamamos o mapa da cooperação. Temos de construir um mapa de cooperação abrangente", disse Maduro, no final da assinatura do acordo.

O Presidente da Venezuela sublinhou a necessidade de aumentar o comércio bilateral e a cooperação em diferentes atividades económicas para que as duas economias "possam crescer em conjunto".

"A Guiné-Bissau pode contar com toda a experiência, o património, a bagagem histórica de conhecimento, a ciência e tecnologia da nossa indústria petrolífera. Já explorámos vários planos que vamos pôr em funcionamento para apoiar a Guiné-Bissau em todo o trabalho de exploração ao longo das suas costas", frisou.

Maduro afirmou que os dois países vão "juntar as companhias aéreas para ligar a África à América do Sul" e avançar na saúde, área em que "a Venezuela abriu lugares para que 100 estudantes da Guiné-Bissau estudem medicina na Escola Latino-Americana de Medicina Salvador Allende", em Caracas.

"Temos também planos para a construção de habitações, vamos promover estratégias para a luta contra o tráfico de droga e começámos com um bom pé um mapa abrangente das relações com o nosso país irmão", acrescentou.

Maduro explicou que as áreas de cooperação entre ambos países contemplam ainda a energia, as telecomunicações, os transportes, as viagens, os serviços de informação e de contrainformação.

O chefe de Estado venezuelano acrescentou que a visita de Embaló "é muito importante para a região" da América do Sul e das Caraíbas, tendo adiantado que conversou com o Presidente eleito do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, "um grande africanista", sobre o reinício de "relações cimeiras entre África e América do Sul".

Por outro lado, Umaro Sissoco Embaló fez chegar as "saudações de coração" dos guineenses ao povo da Venezuela e explicou que se sentia em casa, indicando que quase todas as semanas fala com Maduro.

O Presidente guineense lembrou que, no próximo ano, a Guiné-Bissau vai comemorar o 50.º aniversário da independência e confirmou que, em dezembro, terá lugar a reunião da Comissão Mista de Cooperação Bilateral.

Embaló convidou Maduro a visitar a Guiné-Bissau, convite que estendeu à vice-Presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, e ao ministro de Relações Exteriores venezuelano, Carlos Faría.

A Venezuela e a Guiné-Bissau mantêm relações diplomáticas desde 2006.

Em 2008, ambos os países assinaram um Acordo Marco de Cooperação, que deu origem a vários projetos de intercâmbio bilateral nas áreas de ciência e tecnologia, comunicação e informação.

Leia Também: Maduro e Umaro Sissoco Embaló discutiram relações entre países

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