PIB do Brasil diminui 3,3% em 2020, menos do que os 3,9% estimados
A economia do Brasil contraiu 3,3% em 2020, e não 3,9% como inicialmente estimado, de acordo com uma revisão divulgada, esta sexta-feira, pelo governo.
© Lusa
Mundo Brasil
Esta revisão permite deixar de considerar a crise da pandemia de covid-19 como a causa da maior recessão na história do país.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que uma revisão dos números, principalmente do setor dos serviços, permitiu calcular que o Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia da América Latina totalizava 7,6 biliões de reais (cerca de 1,48 biliões de euros) em 2020.
Esta revisão levou à conclusão de que o abrandamento económico em 2020 foi de 3,3%, uma queda menor do que a reportada e que foi principalmente atribuída à crise gerada pela pandemia, que paralisou as atividades económicas durante vários meses.
A queda do PIB em 2020 tinha sido inicialmente estimada em 3,9%, o que foi considerado como sendo a maior contração na história do país.
Mas a revisão trouxe-a de volta a 2015, quando a economia diminuiu em 3,5%, a maior retração do PIB na história do Brasil.
De acordo com os novos dados do IBGE, a produção no setor dos serviços caiu 3,7% em 2020, em comparação com os 4,3% inicialmente estimados. O declínio da indústria em 2020 foi revisto dos 3,4% inicialmente divulgados para 3%.
O crescimento agrícola em 2020 foi também revisto de 3,8%.
A revisão levou também a concluir que o declínio da economia brasileira em 2020 foi ligeiramente inferior ao da média dos 195 países analisados pelo FMI (-3,5%).
A grave crise causada pela pandemia surgiu quando a economia brasileira começava a recuperar da histórica recessão de 2015 e 2016, com um crescimento do PIB de 1,2% em 2019.
Mas as medidas de estímulo após os piores meses da pandemia, os subsídios aos mais necessitados e a normalização das atividades permitiram à economia saltar 4,6% em 2021, a sua mais forte expansão numa década.
A previsão dos economistas para 2022 é que o Brasil terminará o ano com um crescimento de 2,76%.
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