Primeiro-ministro da Gronelândia na Dinamarca para reforçar cooperação

O novo primeiro-ministro da Gronelândia, território autónomo dinamarquês cobiçado pelo Presidente dos Estados Unidos, inicia este domingo e uma visita oficial à Dinamarca, que vai centrar-se na cooperação e na "situação geopolítica".

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Lusa
27/04/2025 06:14 ‧ há 9 horas por Lusa

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Gronelândia

Trata-se da primeira visita oficial à Dinamarca de Jens-Frederik Nielsen, à frente de um Governo de coligação, após vitória do partido de centro-direita que lidera, Os Democratas, nas legislativas de março.

 

A visita de dois dias ocorre depois de a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, ter estado na Gronelândia, no início de abril. Nessa ocasião, Frederiksen deixou uma mensagem aos Estados Unidos: "Não podem anexar um outro país".

"Em primeiro lugar, retomarei as discussões com a primeira-ministra sobre a situação geopolítica e a cooperação", declarou Nielsen esta semana em comunicado.

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A anexação da Gronelândia aos Estados Unidos não é uma ideia nova para Donald Trump. Já o tinha mencionado em 2019, durante o seu primeiro mandato na Casa Branca. Fique a par das motivações do chefe de Estado norte-americano.

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"É importante, no contexto atual, que façamos planos para a nossa cooperação futura", sublinhou.

As relações entre os Estados Unidos e a Dinamarca ficaram abaladas depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter afirmado repetidamente querer assumir o controlo da ilha. Trump invocou preocupações de segurança, recusando-se a excluir o uso da força.

Numa declaração em que anunciou a visita de Nielsen, o Governo dinamarquês sublinhou, esta semana, que a cooperação entre a Gronelândia e a Dinamarca estaria no centro das conversações.

"Temos de nos apoiar mutuamente na difícil situação de política externa em que a Gronelândia e o Reino [da Dinamarca] se encontram atualmente", afirmou a primeira-ministra dinamarquesa.

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, realizou, a 28 de março, uma visita ao território ártico, que tanto a Dinamarca como a Gronelândia consideraram uma provocação. Na base militar norte-americana de Pituffik, Vance acusou Copenhaga de "não ter feito um bom trabalho para o povo da Gronelândia".

"Estamos abertos a críticas, mas, para ser franco, não apreciamos o tom com que são feitas, escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, nas redes sociais.

Jens-Frederik Nielsen, por sua vez, declarou, numa mensagem no Facebook, que "os Estados Unidos não vão ficar com a Gronelândia". "Não pertencemos a mais ninguém. Nós decidimos o nosso próprio futuro", declarou.

Durante a visita a Copenhaga, Jens-Frederik Nielsen vai reunir-se também com o rei Frederico X e membros do parlamento dinamarquês.

A Casa Real dinamarquesa disse que o rei parte na segunda-feira para a Gronelândia, onde deverá permanecer até quinta-feira.

De acordo com sondagens, uma grande maioria dos 57 mil habitantes da Gronelândia deseja a independência da Dinamarca, mas não quer ser anexada pelos Estados Unidos.

Leia Também: Comandante da base dos EUA na Gronelândia demitida por criticar JD Vance

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