Rússia envia três aviões para ajudar a combater incêndio em porto no Irão

A Rússia vai enviar três aviões para ajudar no combate ao incêndio no porto de Shahid Rajai, no Irão, após a explosão que ocorreu no sábado e que causou 28 mortos, decidiu este domingo o Presidente russo.

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Lusa
27/04/2025 13:56 ‧ há 8 horas por Lusa

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"Por instruções do Presidente russo, Vladimir Putin, o chefe do Ministério de Emergências, Alexander Kurenkov, ordenou o envio de três aeronaves - duas aeronaves anfíbias Be-200ChS e um Il-76 - para a cidade portuária iraniana de Bandar Abbas para ajudar a combater o incêndio", informou o Ministério das Situações de Emergência da Rússia, em comunicado.

 

A aeronave Be-200ChS é utilizada, entre outras tarefas, para extinguir incêndios, uma vez que pode lançar até 12 toneladas de água numa única passagem.

Vladimir Putin enviou também uma mensagem de condolências às principais autoridades do Irão pelas vítimas da explosão que ocorreu no sábado no porto de Shahid Rajai, perto da cidade de Bandar Abbas, no sul do país, que já causou 28 mortos e mais de 1.000 feridos.

"Estamos prontos para prestar a assistência necessária para ultrapassar as consequências deste desastre", reforçou o Presidente russo, na mensagem.

Entretanto, o Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, vai hoje à região afetada pela explosão para "fazer um balanço da situação".

No sábado à noite, Masoud Pezeshkian ordenou uma investigação para determinar a causa do incidente.

As autoridades alfandegárias adiantaram inicialmente que a explosão foi causada por um incêndio em vários contentores de produtos químicos armazenados numa das docas do porto.

De acordo com uma fonte ligada aos Guardas da Revolução - exército ideológico do país -, citada pelo jornal norte-americano New York Times mas que pediu para não ser identificada por razões de segurança, a explosão foi causada por uma substância utilizada na composição de combustíveis sólidos para mísseis, o perclorato de sódio.

A empresa de segurança privada Ambrey afirmou que o porto recebeu combustível químico para mísseis em março e admitiu que o incêndio possa ter sido "resultado de um manuseamento incorreto de um carregamento de combustível sólido destinado a ser utilizado em mísseis balísticos iranianos".

O Ministério da Defesa iraniano já negou a existência de qualquer carregamento de combustível militar ou para uso militar no porto de Shahid Rajai.

A explosão aconteceu na mesma altura em que Irão e Estados Unidos se reuniram, no sábado, em Omã, para a terceira ronda de negociações sobre o programa nuclear de Teerão, que avança rapidamente.

Embora ninguém no Irão tenha sugerido diretamente que a explosão tenha sido causada por um ataque, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, que liderou as negociações, reconheceu na quarta-feira que "os serviços de segurança estavam em alerta máximo devido a casos passados de tentativas de sabotagem e operações de assassinato concebidas para provocar uma resposta legítima".

A explosão, ouvida a dezenas de quilómetros do local, ocorreu por volta das 12:00 locais (09:30 em Lisboa) de sábado num cais do porto de Shahid Rajai, por onde passam 85% das mercadorias do Irão.

Este porto fica perto da grande cidade costeira de Bandar Abbas, no estreito de Ormuz, por onde transita um quinto da produção mundial de petróleo.

Leia Também: Irão nega combustível militar no porto onde ocorreu explosão

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