Um juiz do Supremo Tribunal da autoproclamada República Popular de Donetsk foi alvo de uma tentativa de homicídio na noite de sexta-feira. A informação foi avançada pelo líder pró-russo da região, Denis Pushilin, que culpou o regime de Kyiv pelo ataque.
“O regime ucraniano continua a exibir os seus métodos terroristas vis”, começou por afirmar Pushilin, na plataforma Telegram. “Ontem à noite, 4 de novembro, em Uglegorsk, foi feita uma tentativa [de homicídio] com recurso a armas de fogo contra o juiz do Supremo Tribunal da República Popular de Donetsk, Alexander Anatolyevich”.
O político pró-russo frisou que “Alexander Anatolyevich sentenciou criminosos de guerra nazi”.
“A sua condição é considerada pelos médicos como estável. Desejo-lhe uma rápida recuperação”, acrescentou.
O juiz em causa foi responsável pelo julgamento dos britânicos Shaun Pinner e Aiden Aslin e do marroquino Brahim Saadoun que, em julho, foram acusados de “participar em combates como mercenários” na Ucrânia e condenados à pena de morte.
Os dois britânicos viviam na Ucrânia quando a guerra eclodiu e foram detidos em abril pelas forças russas enquanto defendiam Mariupol. Ambos residiam na Ucrânia desde 2018 e Aslin, de 28 anos, tem dupla nacionalidade, enquanto Pinner, de 48, se casou com uma ucraniana.
Em setembro foram libertados, no âmbito de um acordo de troca de prisioneiros da Ucrânia com a Rússia, e já regressaram ao Reino Unido.
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