Entre os migrantes encontram-se venezuelanos, cubanos, nicaraguenses, hondurenhos, guatemaltecos e salvadorenhos, mas também da Índia, Bangladesh, Arábia Saudita, China e África.
O presidente do Centro pela Dignidade Humana (CDH), Luis Rey García Villagrán, considerou que apenas em Tapachula, município fronteiriço com a Guatemala, há cerca de 50.000 pessoas, das quais 25.000 realizam procedimentos de imigração, enquanto as restantes seguem para os Estados Unidos sem documentos.
"Há um grande fluxo de pessoas que entram todos os dias, eu estive na 'passagem do coiote' (rota dos contrabandistas) na fronteira do México com a Guatemala e cerca de 500 pessoas estão a entrar diariamente", afirmou à agência de notícias Efe.
O presidente da organização de comerciantes Pro-centro em Tapachula, César García Jiménez, disse à imprensa que mais de 172 mil migrantes passaram pela cidade nos últimos meses.
Enquanto José Antonio Chol, do conselho de organizações de Izquierda Siempre, mencionou que há "um grande número de estrangeiros desesperados" que procuram deixar Tapachula, exigindo que as autoridades do Instituto Nacional de Migração (INM) os atendessem.
"Há muitos migrantes que caminham pela estrada costeira, pelas calçadas e estradas perdidas, onde são assaltados e agredidos", denunciou.
Esses migrantes estão dispersos nos municípios da fronteira da Guatemala com o México, em Hidalgo, até Oaxaca, avançando em pequenos grupos ou em caravanas de cerca de 1.000 pessoas.
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