"Temos de passar de demonstrar o que é possível e subir para um novo nível de escala e ambição, para podermos ter a combinação da conservação da natureza e o empoderamento das comunidades locais para terem um rendimento sustentável", disse António Pedro na primeira das atividades da UNECA em Sharm El-Sheik, no Egito, onde decorre o encontro mundial sobre o clima.
"Todos nós que aqui estamos somos ativistas, promotores e líderes no espaço azul, temos de agarrar este desafio e não o podemos fazer sozinhos; tem de ser um esforço coletivo", disse o Presidente das Seicheles, Wavel Ramkalawan, durante o encontro sobre a 'Grande Muralha Azul', uma referência aos oceanos.
A 'Grande Muralha Azul' é uma iniciativa africana que pretende usar o poder das áreas marítimas para combater os efeitos das alterações climáticas e do aquecimento global na região do Oceano Índico, de acordo com um comunicado da UNECA.
Também presente no encontro, a comissária da União Africana para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável, a angolana Josefa Sacko, defendeu a importância de um esforço conjunto e de as soluções para os problemas africanos serem também africanas.
A conferência climática da ONU arrancou no domingo e decorre até dia 18, em Sharm el-Sheikh, no Egito, com um novo alerta sobre a aceleração do aquecimento global, cujo financiamento dos danos a países pobres está pela primeira vez, oficialmente, na lista dos debates.
Segundo dados divulgados pela Organização Meteorológica Mundial, os oito anos entre 2015 e 2022 terão sido os mais quentes já registados.
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