Joe Biden vai pressionar Xi Jinping sobre a Coreia do Norte

O Presidente dos Estados Unidos vai sugerir ao líder da China para controlar a Coreia do Norte quando se encontrarem na cimeira do G20, na segunda-feira, disse hoje o conselheiro de segurança norte-americano Jack Sullivan.

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© Drew Angerer/Getty Images

Lusa
12/11/2022 09:02 ‧ 12/11/2022 por Lusa

Mundo

Washington

Joe Biden defenderá junto de Xi Jinping que é do interesse de Pequim "desempenhar um papel construtivo na contenção das piores tendências da Coreia do Norte", disse Sullivan, citado pela agência francesa AFP.

Biden chegou hoje a Phnom Penh para participar na cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e vai encontrar-se com Xi na segunda-feira, na ilha indonésia de Bali, à margem da cimeira do grupo das 20 economias mais desenvolvidas (G20).

O encontro ocorre depois de a Coreia do Norte ter efetuado uma série recorde de lançamentos de mísseis, havendo o receio dos aliados ocidentais de que possa estar a preparar-se para um novo ensaio nuclear, que será o sétimo no seu historial.

Sullivan, que falou aos jornalistas que acompanham Biden a bordo do avião presidencial, alertou que se a Coreia do Norte mantiver a política atual, isso "conduzirá a uma presença militar e de segurança mais forte dos Estados Unidos na região" da Ásia Oriental.

O conselheiro precisou que Biden não vai fazer um pedido a Xi, mas sim dar a sua opinião.

Essa opinião é que a Coreia do Norte é uma ameaça não só para os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão, "mas também para a paz e estabilidade em toda a região", disse.

Os líderes das duas maiores economias mundiais têm falado por telefone em numerosas ocasiões desde que Biden se tornou Presidente, em janeiro de 2021.

Mas a pandemia de covid-19 e a aversão de Xi às viagens ao estrangeiro impediram os dois líderes de se encontrarem pessoalmente.

Além da Coreia do Norte, poderão ser abordadas outras questões, como o comércio, os direitos humanos na região chinesa de Xinjiang, Taiwan ou a guerra na Ucrânia.

A visita de Biden ao Camboja é a segunda de um Presidente dos Estados Unidos ao país asiático e continua o esforço da sua administração nas relações com o Pacífico Sul, segundo a agência norte-americana AP.

A ASEAN vai atribuir aos Estados Unidos o estatuto de "parceria estratégica abrangente" este ano, o que coloca Washington ao mesmo nível que a China, à qual foi concedida a distinção em 2021.

A situação em Myanmar (antiga Birmânia), onde os militares derrubaram o Governo no poder em fevereiro de 2021, será um dos temas que irá levantar nos seus encontros em Phnom Penh, segundo Jack Sullivan.

Biden vai encontrar-se com o primeiro-ministro do Camboja e anfitrião da cimeira, Hun Sen, e participará depois na cimeira anual EUA-ASEAN.

Biden estará nas reuniões da cimeira da ASEAN no domingo, incluindo um encontro com os líderes da Coreia do Sul e do Japão, antes de partir para a cimeira do G-20 em Bali.

A ASEAN, fundada em 1967, integra atualmente Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Singapura, Tailândia e Vietname.

Leia Também: HRW insta Biden a pressionar Xi no G20 sobre abusos contra uigures

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