Depois de ter publicado três fotografias de uma das suas obras num edifício em ruínas, em Borodyanka, eis que surgiram mais possíveis 'marcas' que poderão ser atribuídas ao artista britânico, cuja identidade é desconhecida.
Além do mural que retrata uma menina a fazer o pino, a imagem de um menino a derrubar um adulto vestido com equipamento de judo também despertou a curiosidade dos habitantes daquela região, pelo facto de se enquadrar no estilo do artista.
"Isto é um símbolo de que somos inquebráveis, e de que o nosso país é inquebrável", considerou uma residente, em declarações à agência AFP.
Por sua vez, um outro mural em Irpin mostra uma ginasta a fazer uma acrobacia com um laço, ainda que aparente estar ferida, com um colar cervical ao pescoço.
"Este é um momento histórico para o nosso país, no qual pessoas como Banksy e outras figuras famosas estão a vir aqui e a mostrar ao mundo aquilo que a Rússia nos fez", disse um dos visitantes vindos de Kyiv à agência Reuters.
Ainda assim, vale apena salientar que apenas foi confirmada a autoria da obra em Borodyanka.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.430 civis mortos e 9.865 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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