Restabelecida energia a oito milhões de ucranianos após ataque russo

O fornecimento de eletricidade foi restaurado para oito milhões de pessoas na Ucrânia, após os ataques russos em massa com mísseis, que resultaram em cortes generalizados de energia em todo o país, adiantou esta terça-feira o Presidente ucraniano.

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Lusa
16/11/2022 00:03 ‧ 16/11/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Cerca de 10 milhões de ucranianos foram desconectados [da rede elétrica] após o ataque terrorista. O abastecimento a 8 milhões de pessoas já foi restabelecido. Engenheiros e técnicos trabalharão a noite toda", realçou Volodymyr Zelensky através das redes sociais.

Zelensky salientou também que este ataque em massa é "uma chapada na cara do G20", que se encontra atualmente reunido na ilha da Indonésia de Bali.

"Este ato de genocídio dos ucranianos, em resposta ao meu plano de paz, é uma chapada na cara do G20 e do mundo", frisou.

O governante ucraniano revelou também que os ataques russos causaram o corte automático de reatores em duas centrais nucleares na Ucrânia.

"Vários reatores nucleares em duas centrais foram automaticamente colocados fora de serviço após os ataques. Estas consequências foram calculadas e o inimigo sabia exatamente o que estava a fazer", acusou Zelensky.

De acordo com a Força Aérea ucraniana, a Rússia disparou hoje sobre as infraestruturas de produção de energia elétrica de várias regiões ucranianas "cerca de" 100 mísseis, causando cortes de eletricidade, além de ter atingido igualmente zonas residenciais e feito pelo menos um morto na capital ucraniana, Kyiv.

Já Volodymyr Zelensky divulgou que o novo ataque russo em massa com mísseis, "num total de 90", afetou sistemas de energia, empresas e edifícios residenciais.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Moscovo "não atingirá objetivos" com ataques a centrais de energia

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