"Estamos a considerar sediar um terceiro fórum, no próximo ano, para impulsionar o desenvolvimento e a prosperidade na [região da] Ásia - Pacífico e em todo o mundo", disse Xi, num discurso proferido na cimeira dos líderes da organização Cooperação Económica Ásia - Pacífico (APEC, na sigla inglês), que decore entre hoje e sábado, em Banguecoque.
Pequim sediou o fórum em 2017, no qual o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa participou, em 2019.
O projeto internacional de infraestruturas prevê a construção de portos, linhas ferroviárias ou autoestradas, ligando o leste da Ásia à Europa, Médio Oriente e África.
O maior entrosamento entre Pequim e os países envolvidos abarca ainda o ciberespaço, meios académicos, imprensa, regras de comércio ou acordos financeiros, visando elevar o papel da moeda chinesa, o RMB, nas trocas comerciais.
Observadores consideram que o objetivo da China é redesenhar o mapa da economia mundial e moldar uma nova ordem internacional.
Xi Jinping indicou hoje também que a China "vai avançar com uma agenda mais ampla" no seu processo de abertura, que vai abranger "mais áreas e com mais profundidade", e que vai implementar "novos sistemas para uma economia aberta de alta qualidade".
O presidente chinês também pediu aos países que compõem a Parceria Económica Regional Abrangente (RCEP), o maior acordo de livre comércio do mundo, que implementem o acordo.
A cimeira de líderes da APEC, criada em 1989, arrancou hoje em Banguecoque, depois de quatro anos sem ser presencial, e vai ter, entre os temas mais proeminentes, a guerra na Ucrânia, a inflação, a crise alimentar e energética e as alterações climáticas.
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