Após a confirmação de que a venda de cerveja será proibida nos estádios onde decorrerão os jogos do Mundial'2022, os utilizadores apressaram-se, esta sexta-feira, a comentar a decisão nas redes sociais.
"Fãs de futebol: [os organizadores] mudaram o Mundial para o inverno, interromperam as épocas, mudaram a data do primeiro jogo... Não sei de que forma é que o Qatar pode ser inconveniente", começou por escrever, ironicamente, um utilizador, rematando depois com a notícia da proibição, que foi conhecida a dois dias da competição começar.
Football fans: well they moved the World Cup to winter, interrupted the football season, then changed the date of the first match, not sure how else Qatar can inconvenience people!!
— Tom Williams (@tomwfootball) November 18, 2022
Qatar: hold your beer
"Mais um dia num mundo onde passamos anos a apaziguar autocratas nacionais e estrangeiros em vez de reivindicar contra eles", escreveu um outro utilizador.
Qatar bans beer after an 11th-hour u-turn - just another day in a world where we've spent years appeasing autocrats both domestic and foreign instead of pushing back against them.
— Nick Peers (@nickpeers) November 18, 2022
As críticas foram além da proibição da venda álcool, já que a 'trend' foi mote para criticar, novamente, a polémica em volta da falta de respeito do país pelos direitos humanos - no que diz respeito à comunidade LGBTQ+, à desigualdade de género, discriminação, entre outros valores.
"Homofobia, transfobia, racismo, violação dos direitos humanos, mas só a proibição de venda de álcool é que vos deixa zangados?", questionou uma outra pessoa.
Homophobia, Transphobia, Racism, Human Rights violations, but you're only mad now that Qatar isn't selling beer at the games?
— Dan (@DTooker96) November 18, 2022
Há ainda quem tenha sublinhado que esta sempre foi a intenção do Qatar deste o início, questionado "por que razão haveria o Qatar de se curvar à FIFA, sabendo que a organização passa sempre de mão em mão?". Outros lembraram a forma "abrupta" como esta notícia foi dada a dois dias do início da competição, "após uma "década de especulação" sobre o evento no país.
E as próximas 24 horas?
"Quem haveria de imaginar que um Estado autocrático e torturante iria prometer ao mundo uma coisa e depois fazer o oposto", ironizou um outro utilizador, lembrando logo a seguir: "Rússia 2018. Qatar 2022. Obrigada, FIFA".
Aaaand now they’re banning beer. Who could possibly have imagined that a torturous, autocratic state would promise the world one thing and then do completely the opposite?
— Matt Scott (@Matt5cott) November 18, 2022
Russia 2018. Qatar 2022. Thanks, FIFA.
Já um jornalista britânico 'abriu' ainda a porta para a possibilidade de outras coisas virem a mudar. "Será preocupante para os fãs que estão a viajar que outras regras possam mudar nesta fase - vamos ver uma proibição completa de álcool? Provavelmente, vai fazer com que as mulheres que vão até lá ou aqueles que pertencem à comunidade LGBT+ ficar ainda mais ansiosos", escreveu Ralph BlackBurn no Twitter.
E e Budweiser, a patrocinadora oficial do Mundial?
Já a marca de cerveja oficial respondeu a este anúncio com um tweet, que entretanto foi apagado: "Bom, isto é estranho", escreveram os responsáveis.
"Well, this is awkward ..."
— Sky News (@SkyNews) November 18, 2022
World Cup sponsor Budweiser reacts to the news that fans will not be allowed to buy alcohol around stadiums in Qatar.
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