O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia acusou, na sexta-feira, a Ucrânia de cometer "crimes de guerra". "Ninguém vai conseguir 'pintar' o homicídio deliberado e metódico de mais dez soldados russos, que foram mortos com tiros na cabeça, como uma 'exceção trágica'", afirmou o responsável, em comunicado citado pela agência France Press.
As declarações foram feitas depois de começarem a circular nas redes sociais vídeos nos quais, alegadamente, são mostrados cadáveres de dez militares russos, que se terão rendido aos ucranianos antes de serem executados.
Numa publicação no Twitter, o ministério sublinha ainda que o homicídio "brutal" dos militares russos "não é o primeiro, nem o único crime de guerra".
️ Russian Defence Ministry:
— MFA Russia 🇷🇺 (@mfa_russia) November 18, 2022
The brutal murder of Russian servicemen is neither the first, nor the single war crime.
This is a common practice in the Armed Forces of Ukraine supported by the Kiev regime and ignored by its western patrons.
https://t.co/Extsh7o3o0 pic.twitter.com/VoUvpPsOme
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva russa na Ucrânia causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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