Espanha vai repatriar mulheres e filhos espanhóis de jihadistas do Daesh
Além de cerca de 16 menores, serão repatriadas três viúvas de nacionalidade espanhola e uma marroquina casada com um cidadão espanhol detido na Síria.
© Reuters
Mundo Síria
Espanha vai repatriar nas próximas semanas as mulheres de nacionalidade espanhola ligadas a membros do Daesh, assim como os seus filhos, que permanecem em campos de refugiados, no nordeste da Síria.
De acordo com o El País, que cita fontes do governo espanhol, serão trazidas para Espanha três mulheres espanholas, viúvas de membros do Daesh, assim como, pelo menos, 16 menores.
Além disso, tal como refere o mandado de prisão internacional emitido pelo Tribunal Nacional em 2019, será também repatriada para Espanha uma mulher de nacionalidade marroquina, casada com um espanhol que se encontra detido numa prisão curdo-síria.
A decisão do governo espanhol surge na sequência dos repatriamentos realizados por vários países ocidentais, como França e Alemanha, e depois de alguma pressão exercida pelos EUA.
Recentemente, um porta-voz dos EUA disse, em declarações à Europa Press, que "a repatriação é a única solução duradoura para a situação humanitária e de segurança nos campos de deslocados de AL Hol e Al Roj".
Nessas campos, administrados pelas Forças Democráticas da Síria, residem cerca de 10 mil cidadãos de, aproximadamente, 60 países, além de 28 mil iraquianos e 18 mil sírios.
As ONG presentes no local já denunciaram, por diversas vezes, as condições de vida de quem vive nestes campos, incentivando que cada país repatrie os seus cidadãos.
Na semana passada, duas menores egípcias foram assassinados em Al Hol algo que, segundo os Médicos Sem Fronteiras, começa a ser comum. Só em 2021, 79 crianças morreram nestes campos.
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