Na sua conta da rede social Telegram, o governador de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, informou que uma mulher morreu após sofrer traumatismo craniano durante um bombardeamento em Chebekino, uma cidade a oito quilómetros da Ucrânia.
As autoridades russas anunciaram ainda a morte de duas pessoas pela explosão de "munições de tipo não identificado" na aldeia de Starosselie, na fronteira com a Ucrânia e onde vigora o estado de emergência desde 27 de outubro.
As localidades e infraestruturas da região são alvo com frequência de bombardeamentos, atribuídos a Moscovo pelo Exército ucraniano.
"Desde abril, temos vindo a reforçar ativamente as nossas fronteiras", disse o governador, citado pela agência noticiosa russa TASS, acrescentando que a construção de fortificações é um trabalho "em grande escala".
Na semana passada, a Rússia já tinha anunciado obras de fortificação na península anexa da Crimeia.
O líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigojin, ordenou a construção de fortificações nas regiões russas de Belgorod e Kursk, bem como na região de Lugansk, ocupada por Moscovo, no leste da Ucrânia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Leia Também: Dois mortos na região russa de Belgorod após ataques ucranianos