Um homem, condenado à morte pelo homicídio de um polícia, foi executado, no estado norte-americano do Missouri, na noite de terça-feira.
Kevin Johnson, de 37 anos, foi executado através de uma injeção letal de pentobarbital, na prisão estadual de Bonne Terre.
De acordo com o New York Post, o homem tinha sido condenado à morte pelo homicídio, em 2005, do polícia de Kirwood William McEntee, quando tinha 19 anos.
O homem não fez uma declaração final, mas conversou com o seu conselheiro espiritual, que o acompanhou depois durante a execução, lendo a bíblia e orando. A filha de 19 anos não pôde testemunhar a morte do pai, apesar das tentativas judiciais, uma vez que a lei do Missouri proíbe menores de 21 anos de estarem presentes em execuções.
O mesmo jornal destaca que a jovem, que tinha apenas dois anos quando o pai foi preso, disse que o progenitor foi a "pessoa mais importante" da sua vida, tendo-se esforçado arduamente para se reabilitar durante o tempo em que esteve na prisão.
Já o padre que o acompanhou disse que Johnson pediu "novamente" desculpas à família da vítima e que estava "ansioso" para ver o seu "maninho" – note-se que o homem alegou sempre que tinha matado o polícia por este ser o culpado da morte do seu irmão.
Tudo aconteceu quando o polícia cumpria um mandado de detenção, uma vez que as autoridades acreditava que Johnson havia violado a liberdade condicional em que se encontrava por agredir a namorada.
O irmão, de 12 anos, de Johnson, terá corrido para a casa da avó, onde desmaiou e teve uma convulsão, surgindo depois a versão de que McEntee impediu a mãe dos meninos de entrar na casa para ajudar o adolescente, que morreu mais tarde no hospital.
Posteriomente, na mesma noite, Johnson abordou o polícia, que estava no seu carro, e disparou uma arma atingindo-o em várias partes do corpo. O homem também feriu uma adolescente que estava no veículo, mas que sobreviveu.
A mãe de Johnson terá apelado várias vezes para impedir o pior, defendendo que o polícia não era responsável pela morte, mas Johnson matou-o, de joelhos, fora do carro.
O último pedido para impedir a execução do homem foi arquivado na semana passada.
Embora nunca tenham negado que Johnson cometeu o homicídio, a defesa argumentou que sua idade na altura e o seu histórico de doença mental deveriam anular a sentença de morte, e falaram várias vezes em racismo, uma vez que o polícia era branco e Johnson negro.
A execução de Johnson é a segunda no Missouri este ano e a 17.ª nos Estados Unidos.
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