Os hospitais da Ucrânia devem suspender as cirurgias e as hospitalizações que não são urgentes. A recomendação foi feita pelo Ministério da saúde ucraniano.
Esta medida poderá ajudar a "reduzir a carga nos hospitais ucranianos e permitir que eles prestem atendimento de emergência durante possíveis cortes de eletricidade", refere o ministério, citado pelo The Kyiv Independent.
Acreditando que vão existir novos apagões devido aos ataques em massa, o Ministério da Saúde pretende com esta recomendação "diminuir a pressão sobre o sistema de saúde".
As Forças Armadas russas lançaram, na segunda-feira, uma nova vaga de ataques em várias regiões da Ucrânia, que, segundo as autoridades ucranianas, visam principalmente as infraestruturas energéticas do país.
A operadora estatal de eletricidade ucraniana, Ukrenergo, informou ontem que o país registou um novo corte geral no fornecimento de eletricidade, permanecendo numa situação "complicada".
Recorde-se que a ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.702 civis mortos e 10.479 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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