Com o pagamento desta quarta-feira, o montante total da ajuda macrofinanceira à Ucrânia é fixado em 7,2 milhões de euros.
Os fundos hoje desembolsados completam, por seu lado, uma ajuda excecional de cinco milhões de euros, sob a forma de empréstimos altamente favoráveis, com maiores prazos de pagamento em comparação com os termos habitualmente concedidos numa operação de assistência macrofinanceira ordinária.
Para além disto, o orçamento da União Europeia (UE) irá cobrir os juros do financiamento excecional, durante o atual quadro financeiro plurianual (2021-2027).
Um novo pacote de ajuda financeira à Ucrânia foi aprovado em 09 de novembro, com um montante máximo de 18 mil milhões de euros, a atribuir à razão de 1,5 mil milhões de euros por mês em 2023, faltando apenas o aval do Parlamento Europeu para ser formalmente adotado.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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