"Temos uma crise na nossa fronteira sul", indicaram os congressistas do Texas John Cornyn, Tony González e Henry Cuéllar e o senador da Virgínia Ocidental Joe Manchin numa carta.
"Nunca antes na história do nosso país experienciamos esta magnitude de travessias ilegais de fronteira e preocupa-nos que o seu Governo não tenha fornecido apoio ou recursos suficientes para manter a segurança da fronteira", disseram os congressistas na missiva endereçada a Biden.
O secretário do Departamento de Segurança Nacional visita hoje a cidade de El Paso, no estado do Texas, onde cerca de 1.500 migrantes se entregaram entre domingo à noite e segunda-feira às autoridades norte-americanas em busca de asilo.
Os migrantes saturaram os serviços e abrigos da cidade e muitos dormiram nas ruas, suportando as baixas temperaturas.
A migração em massa ocorre uma semana após o previsível fim do Título 42, estabelecido durante o Governo de Donald Trump (2017-2021) e sob o qual foram realizadas mais de 2,7 milhões expulsões de migrantes.
Um juiz federal ordenou que o Governo cesse a partir de 21 de dezembro o uso da polémica norma sanitária a que Trump recorreu amparado pela pandemia de covid-19.
"Pedimos que faça tudo ao seu alcance para estender o Título 42 além do prazo de 21 de dezembro e até que o Congresso possa atuar", acrescentaram os congressistas.
Grupos de direitos humanos, congregações religiosas e defensores dos migrantes insistem há dois anos que o uso do Título 42 é cruel, que viola o direito dos migrantes a uma audiência sobre os seus pedidos de asilo e que expõe os expulsos a condições perigosas no México.
Os congressistas disseram, na sua carta a Biden, que estão "comprometidos em aprovar uma legislação bipartidária que permita ao Departamento de Segurança Nacional implementar efetivamente políticas e programas para controlar a fronteira sul, e que não envolva a libertação de um grande número de migrantes enquanto decorrem processos que duram meses ou anos".
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