O padre norte-americano antiaborto Frank Pavone foi excomungado pelo Vaticano, que o acusou de "comunicações blasfémicas nas redes sociais" e de "desobediência persistente" do seu bispo.
O embaixador do Vaticano nos Estados Unidos, o Arcebispo Christophe Pierre, enviou uma carta aos bispos norte-americanos onde garante que a decisão sobre Pavone é definitiva, sem direito a qualquer tipo de recurso.
O padre norte-americano, que lidera o grupo Padres pela Vida, foi investigado pela diocese de Amarillo, no estado do Texas, após ter colocado um feto abortado num altar, em 2016, publicando um vídeo do acontecimento nas redes sociais. A publicação vinha acompanhada por um texto onde Pavone defendia que a antiga candidata presidencial Hillary Clinton e o partido Democrata iriam fazer com que o aborto nos Estados Unidos continuasse, e que o antigo presidente Donald Trump, bem como o partido Republicano, queriam proteger as crianças que ainda não tinham nascido.
Pavone respondeu à polémica através do Twitter, comparando o seu destino ao de crianças ainda não nascidas. “Portanto, em todas as profissões, inclusive no sacerdócio, se defender os nascituros, será tratado como eles! A única diferença é que quando somos ‘abortados’ continuamos a falar alto e claro", pode-se ler na publicação.
Hi friends… So in every profession, including the priesthood, if you defend the #unborn, you will be treated like them!
— Fr. Frank Pavone (@frfrankpavone) December 18, 2022
The only difference is that when we are “aborted,” we continue to speak, loud and clear.
Rapidamente, os apoiantes de Pavone saíram em sua defesa, entre eles o bispo de Tyler, Texas, Joseph Strickland, que se referiu ao apoio de Joe Biden ao direito ao aborto como “maligno”.
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