Mykhailo Podolyak, o conselheiro do presidente da Ucrânia, falou, esta quarta-feira à Reuters acerca da ida de Volodymyr Zelensky aos Estados Unidos. Para o responsável, a visita do chefe de Estado é "muito significativa" e refuta as tentativas russas de mostrar que as relações EUA/Ucrânia estão a "ficar frias".
"Em primeiro lugar, tanto a visita em si quanto as reuniões que estão planeadas testemunham, inequivocamente, o alto grau de confiança entre os países. Em segundo lugar, finalmente põe fim às tentativas do lado russo de provar um suposto esfriamento crescente nas nossas relações bilaterais", foram as palavras do representante, num comentário por escrito enviado à agência de notícias.
A viagem, acrescentou Podolyak, permitirá também a Zelensky explicar pessoalmente a Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, a situação real que se vive na Ucrânia, justificando assim os pedidos de armamento ao país.
"Na minha opinião, a visita sem dúvida ativará e otimizará áreas chave da cooperação militar, mobilizará ainda mais o apoio político bipartidário e mostrará com mais clareza um quadro do futuro se a guerra não terminar corretamente", disse ainda Podolyak à Reuters.
On my way to the US to strengthen resilience and defense capabilities of 🇺🇦. In particular, @POTUS and I will discuss cooperation between 🇺🇦 and 🇺🇸. I will also have a speech at the Congress and a number of bilateral meetings.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) December 21, 2022
A visita de Zelensky aos EUA acontece depois de o presidente da Ucrânia ter ido a Bakhmut, uma das cidades que foi 'palco' de duros confrontos com as tropas russas. Este facto, aponta o conselheiro, é "simbólico" e "extremamente significativo". "A visita oficial de Zelensky aos Estados Unidos, que começou imediatamente após a visita ao ponto mais quente da guerra - Bakhmut - é altamente simbólica. E extremamente significativa", frisou.
De lembrar que os presidentes da Ucrânia e dos Estados Unidos deverão encontrar-se às 14 horas de Washington, 19 horas em Portugal, avança a Ria Novosti. De acordo com a agência, a conferência de imprensa deverá decorrer às 16h30 de Washington, 21h30 de Lisboa.
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